Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Estudantes

DCE e Comando de Greve, duas entidades representativas dos estudantes
por Juliana Mendes

Em algumas universidades, quando os estudantes entram em greve, o DCE é destituído e o Comando de Greve eleito passa a representar os estudantes. Essa foi parte da fala de Karla Gamba para explicar a confusão em se compreender a atuação dessas duas entidades representativas durante a greve. Segundo Artur Sinimbu, também do DCE, ao participar das outras plenárias além da Conlutes, o diretório não tinha prerrogativa de decidir nada sobre a greve ou estipular usos para o fundo do Comando de Greve. Ressaltou que ambas as entidades estão submetidas à Assembléia.

Gamba defendeu a decisão do DCE de participar das outras plenárias nacionais. Acredita ser importante porque o diretório, baseando-se no suprapartidarismo, consegue dialogar e articular com mais grupos. Quanto à questão do DCE se submeter ao CEB e à Assembléia, Sinimbu declarou que foi decidido em consenso durante reunião do Comando de Greve que as deliberações seriam levadas a essas instâncias quando houvesse divergência. O Comando de Greve, como enfatizou Gamba, é plural e aberto a todos, abrangendo em sua composição estudantes do PSDB e do PSTU.

Em relação à reunião dos CAs no dia 08/10, Gamba declarou que houve certo jogo político na convocação da mesma. O DCE havia apresentado duas propostas: um CEB na mesma data; ou posterior, no final da semana seguinte, após uma Assembléia dos Estudantes. A segunda proposta havia sido aprovada.

Audiência com o reitor: Sinimbu informou que a reitoria pediu que a pauta de reivindicações fosse destrinchada para que uma audiência com o reitor fosse realizada. Ainda, afirmou que a reitoria tem apontado a dificuldade de se realizar audiência durante esse período de transição (a posse do novo reitor será no dia 11 de novembro). Sinimbu declarou que “o movimento não espera o reitor”, pois, com os estudantes em greve, há urgência.

A Assessora do Reitor, Maria Nadje, confirmou que o Comando solicitou audiência com o reitor logo que os estudantes entraram de greve, algo como duas semanas após a paralisação. Porém, destacou que o Prof. Timothy nunca deixou de receber um aluno. Quando ele não pode, ela mesma recebe e por vezes puxa ele da outra sala.

Explicou que recebeu um representante do Comando de Greve e pediu que a pauta de reivindicação fosse dividida por decanato e nas categorias: pequena, média e grande duração. Dessa forma, os estudantes podem conversar com os Profs. Timothy e Edgar para que os pontos de reivindicação sejam direcionados para cada decanato. Afirmou também que muitas reivindicações serão contempladas com a posse do novo reitor. Por exemplo, o Prof. Timothy pretende realizar uma semana de discussão da paridade para realizar um plebiscito sobre o assunto após cerca de um ano de seu mandato.

Segundo a assessora, para além da divisão da pauta, a agenda do reitor está cheia nesse período de transição e foi bloqueada para que seja possível realizar todas essas atividades. Enfatizou que o reitor quer que os estudantes ajudem a trabalhar e realizar esse projeto (as propostas da pauta).

Antes mesmo que Nadje fosse entrevistada, Sinimbu afirmou que o destrinchamento da pauta não era impeditivo para uma reunião com a reitoria, pois não esperam um parecer técnico do reitor. Além do que, as reivindicações poderiam ser aprofundadas. Ressaltou que antes da greve já haviam levado reivindicações gerais para o vice-reitor e cada ponto de pauta equivalia a uma folha de papel.

Desculpas e Explicações

Por Juliana Mendes

No caso da matéria “Comando de Greve insiste em conseguir audiência com o reitor”, peço desculpas pela minha cegueira em pensar na possibilidade de falar com a reitoria para confirmar a história da audiência com o reitor (talvez porque pensamos ser pequenos, como me disse um colega). Agradeço a atenção e leitura crítica dos que acessam o blog, pois a conversa com a Assessora do Reitor foi proveitosa e rendeu boa parte da matéria que se segue.

Quanto à matéria “CAs reivindicam que a metodologia do Comando de Greve seja revista”, esclareço que a matéria foi resultado de entrevista com uma pessoa que estava criticando “de dentro” do Comando de Greve, como pode ser notado nos trechos:

“Porém, como a paralisação já havia sido deflagrada, decidiram se envolver”.

“As críticas de dentro do Comando de Greve se devem à atuação do DCE...” (o “de” havia sido suprimido pelo editor, porém já foi republicado)

De qualquer forma, sim, faltou ouvir os representantes do DCE, o que já havia sido planejado. Porém, por desencontros da minha agenda e da minha fonte inicial, Karla Gamba, a matéria demorou mais tempo do que o previsto para ser publicada. Minha idéia era fazer uma cobertura que ouvisse os dois lados (em vez de uma matéria que ouvisse os dois lados). Portanto, peço desculpas se ouve um erro de julgamento nesse caso. Assim, abri direito de resposta para o DCE caso tenha se sentido ofendido.

Ressalto ainda alguns pontos dos bastidores dessa cobertura para que os leitores tenham mais paciência com a demora das matérias e as falhas de quem as escrevem. Em primeiro lugar, o cenário é um pouco confuso, pois os papéis se misturam: representantes do DCE são também representantes do Comando de Greve, pessoas que participam do Comando de Greve também fazem críticas internas, e agora temos duas entidades nos representando (DCE e Comando de Greve). Destaco que não é um crítica, pois não refleti o suficiente sobre o assunto e já me vi também assumindo papéis diversos dentro da universidade. Em segundo lugar, a equipe editorial do blog compreende estudantes de Comunicação, já escreveram para o mesmo estudantes do 2° ao 7° semestre, e não só de jornalismo. Em terceiro lugar, o blog é resultado de uma mobilização de greve dos estudantes de Comunicação, o que significa que conta com poucas pessoas que se esforçam para cobrir os aspectos da greve mesmo com o esvaziamento de sua faculdade (simultaneamente com suas outras atividades). De início, o blog foi até mesmo criticado porque as pessoas responsáveis pela greve dos estudantes não escreveram matérias sobre essa mobilização.

Por fim, ressalto que pessoalmente não acredito em imparcialidade (mas, vejo a importância de se ouvir os dois lados) e que o blog nunca afirmou se pretender imparcial (apesar de, por maior número de votos, haver se decidido, editorialmente, buscar a imparcialidade, por exemplo, dividindo os fatos da opinião).

quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Pelos jornais

O dia seguinte à reunião
por Ana Luiza Zenker

Os jornais estão, sim, dando um pouco mais de atenção à greve dos docentes das instituições federais de ensino superior (Ifes). No dia seguinte à reunião do comando de greve com o Ministério da Educação, tanto a Folha como o Jornal do Brasil trouxeram a notícia da rejeição da proposta do Governo pelos professores, mais uma vez.

Enquanto a Folha de São Paulo se preocupou em apresentar uma abordagem nacional, o JB focou no movimento brasiliense, desde a manchete. Ainda assim, as informações são basicamente as mesmas: os professores rejeitaram o aumento de 50% nas gratificações por titulação, querem reajuste linear de 18% no salário-base, paridade entre os professores da ativa e os aposentados e isonomia nas gratificações.

A divergência entre as duas publicações é a provável data de uma nova proposta. A Folha fala em amanhã; o JB, em próxima semana. Ronaldo Teixeira, secretário-executivo adjunto do MEC, por sua vez, acredita que as negocações estão no fim, mas... modificações no salário-base? Só a partir do grupo de trabalho criado para discutir o plano de carreira com os docentes.

Opinião

Enquanto isso, nós, estudantes, ainda esperamos a resolução do impasse, com a esperança de um resultado que beneficie não só o bolso os professores, mas a qualidade da educação superior pública e gratuita. Se isso é possível? Ainda há esperanças, sempre há. Enquanto esperamos, a luta é pelo passe livre no transporte. Vamos às manifestações.

Ah! E sobre os servidores? Nem uma vírgula. Parece que eles simplesmente não existem.

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Professores começam a discutir o cancelamento do semestre

A assembléia dos professores realizada hoje pela manhã durou mais que o esperado. Iniciada com o costumeiro atraso de 45 minutos, a principal pauta era a discussão em torno da nova proposta feita pelo MEC na semanada passada.

Na parte de informes, Rodrigo Dantas (presidente da ADUnB) avisou que a ADUnB entrará com um pedido judicial contra a retirada da URP (espécie de gratificação salarial) em nome da categoria de docentes. Disse também que atualmente são 36 instituições federais em greve no país, já que a assembléia da associação dos docentes de Pernambuco não foi reconhecida e logo a instituição foi retirada do quadro da greve. Porém, mais 3 instituições estão com indicativo de greve para os próximos dias.

Assim, começaram os posicionamentos a respeito da proposta do MEC. Todos os professores que se manifestaram disseram praticamente o mesmo: O governo está oferecendo pela 3º vez a mesma proposta, com insignificantes modificações, a qual já foi rejeitada por essa e todas as outras assembléias no país nas duas vezes anteriores. Quando colocada em regime de votação, a REJEIÇÃO À PROPOSTA DO MEC venceu com grande maioria dos votos, tendo apenas 2 abstenções, prorrogando ainda mais a greve.

Outro aviso relevante é que um reunião com o reitor e os decanos de graduação e pós-graduação foi realizada, e eles se dispuseram a consultar o CEPE a respeito da suspensão do calendário letivo, uma reivindicação dos docentes que é feita há muito tempo.

Polêmica

A confusão começou quando um professor questionou Dantas sobre a falta de discussão em torno de um provável cancelamento do semestre letivo, deixando claro que ele não estava encaminhando tal proposta. Dantas respondeu que isso nunca foi discutido pois tal assunto nunca fora encaminhado em nenhuma assembléia.

Ao escutar a resposta de Dantas, outro professor manifestou-se. Ele encaminhou que se fosse votado o cancelamento do semestre na presente assembléia, mas logo retificou-se, encaminhando a votação para a próxima assembléia, caso o MEC não atendesse as reivindicações do comando de greve, na reunião marcada para amanhã.

A partir daí ocorreu uma chuva de discussões. Alguns professores colocaram que essa é uma discussão válida e que pode gerar resultados. Um outro disse que se isso fosse votado, os professores estariam sinalizando o final da greve para o governo e para a sociedade. Mas o secretário geral da ADUnB, Paulo César, esclareceu que a assembléia não tem o poder de decidir um cancelamento de semestre, mas sim o de encaminhar ao CEPE o indicativo.

Antes de votar a tão polêmica proposta, foi encaminhado e aprovado o bloco:

Concentração em frente ao MEC amanhã, às 14:30.

Hoje às 15h, no Plenário 5 da Câmara, participação em uma audiência que contará com a presença do Ministro da Educação.

E depois de várias discussões e re-encaminhamentos sobre o mesmo assunto, decidiram votar dois encaminhamentos: Caso o governo não aceite as reivinidicações do comando de greve, que seja colocada como pauta da próxima assembléia a discussão de um provável cancelamento do semestre letivo.

Tal encaminhamento teve apenas 3 votos.

O outro votado: Que haja um aprofundamento nas discussões sobre o cancelamento do semestre no comando de greve e que na próximas assembléias o assunto passe a ser discutido.

A grande maioria dos docentes manifestou-se a favor desta proposta.

A assembléia foi então encerrada, às 11:50 da manhã.

Por Aerton Guimarães

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

Estudantes

CAs reivindicam que a metodologia do Comando de Greve seja revista
por Juliana Mendes

No dia 08/10, CAs se reuniram para avaliar as ações do Comando de Greve. O resultado da reunião foi uma Carta Aberta ao Comando de Greve até agora assinada pelos CAs de Farmácia, Engenharia Mecânica, Estatística, Veterinária, Agronomia, Artes Cênicas e Filosofia. No documento, pedem a maior divulgação das atividades de greve, a construção de debates na universidade, a promoção de atividades na reitoria para pressionar a suspensão do calendário, e a efetivação das comissões de trabalho do Comando de Greve (mobilização, divulgação, finanças e outras).

Segundo Sílvia Fernandes, representante do CA de Estatística, a greve recebeu críticas quando foi deflagrada porque se votou pela greve estudantil antes da construção de uma pauta de reivindicações. Assim, não houve mobilização nos cursos e assembléias locais para construir a greve. Porém, como a paralisação já havia sido deflagrada, decidiram se envolver.

As críticas de dentro do Comando de Greve se devem à atuação do DCE que, de acordo com Fernandes, participou da manifestação “Contra o governo Lula e a Corrupção” organizada pela Conlutas e Conlutes no dia 6 de outubro, assinando a convocatória apesar de essa ação não haver sido debatida pelo Comando de Greve. Ainda, o Comando de Greve decidiu pela Conlutes como plenária nacional, enquanto o DCE buscou todos os fóruns nacionais disponíveis, como a UNE e o Fórum de DCEs.

A Carta aberta reivindica que o Comando de Greve seja submetido ao CEB (Conselho de Entidades de Base). Afinal, explicou Fernandes, se a Assembléia Estudantil não consegue quorum, o CEB é o segundo maior fórum deliberativo da universidade. Informou ainda que, apesar de haver sido estipulado que haveria Assembléia e CEB toda semana, ela não ocorreu na presente semana.

Fernandes acredita que é importante que se consiga a vitória principalmente dentro da reitoria, apesar de ser pouco provável que as reivindicações sejam totalmente atendidas. Quanto à forma como a Greve Estudantil está ocorrendo, pensa que “isso desconstrói muito o que é o movimento estudantil”.

Carta aberta ao Comando de Greve

Desde o início da greve estudantil, foi-se acordado dentro do Comando de Greve que seriam convocados semanalmente um fórum do movimento estudantil (Assembléia Geral ou CEB). Entretanto, na semana do dia 03 de Outubro, o DCE e o Comando de Greve se recusaram a convocar um CEB, o que forçou os CA´s a se auto-organizarem e se reunirem a fim de discutir o funcionamento e os objetivos do Comando de greve.

O Comando de Greve da UnB vem errando sistematicamente em seus encaminhamentos. Utilizam o argumento da urgência para deliberar para além da pauta, isto é, ao invés de propor mobilizações que estão de acordo com a pauta tirada em Assembléia, eles priorizam atividades de âmbito nacional que não tem relação com nossas pautas (Ex: Ato Contra o Governo e a Corrupção). Além disso, insistem em não reafirmar os fóruns estudantis como espaço de deliberação, acusando os CA´s de não conversarem com os estudantes de seus cursos, tais atitudes levam o comando à convenientemente passar por cima dos estudantes, se tornando prejudicial à greve e a todo movimento estudantil.

Dentro do quadro de uma greve, o comando deve saber trabalhar a diversidade de opiniões, se pautando pelas convergências e proporcionando aos fóruns o debate das divergências, tornando-o assim, plural, amplo e participativo para que através de mobilização e negociação atinja-se a pauta definida pelos estudantes.

Na reunião dos Centros Acadêmicos, ocorrida no dia 08/10/2005, ficou indicada a urgência de se rever à metodologia do comando ao qual este está submetido (CEB, Assembléia estudantil), além das seguintes propostas:

1. Publicizar a Greve - Maior divulgação do Comando de Greve, bem como dos dias e horários de suas atividades (reuniões, GD’s, etc).

- Divulgar nas listas eletrônicas do ME as negociações com a reitoria.

2. Construir debates na universidade (Ex: ENADE, Referendo sobre o desarmamento, etc).

3. Promover um dia de atividades na reitoria para pressionar a suspensão do calendário, bem como outras atividades como: - trazer o cine clube de Taguatinga - apoiar e divulgar as atividades existentes como “os tambores não entram em greve" do depto de Artes Cênicas “(toda sexta às 17h).

4. Fazer uma divulgação eficiente para as assembléias estudantis, buscando participação e debate entre a comunidade acadêmica. 5. Efetivar as comissões de trabalho do Comando de Greve(mobilização, divulgação, finanças...).

sábado, 22 de outubro de 2005

Estudantes

Comando de Greve insiste em conseguir audiência com o reitor
por Juliana Mendes

Estudantes pedem audiência com o reitor desde o início da greve. Segundo uma das integrantes do DCE, Karla Gamba, foi tomada a providência de escrever um ofício pedindo o encontro com reitor quando a greve dos estudantes foi deflagrada. O objetivo é discutir as pautas mais específicas da greve estudantil, como o acervo da biblioteca, assistência estudantil, a reforma da Casa do Estudante Universitário e o aumento do valor e quantidade das bolsas de permanência.

De acordo com Gamba, as pautas gerais da greve dos estudantes serão discutidas no MEC, onde o pedido de audiência ganhou caráter de urgência. Explicou ainda que, segundo a secretária da reitoria, tanto o atual reitor Lauro Morhy quanto o próximo reitor, Timothy Mulholland, estão muito ocupados com o processo de tomada de posse.

Contudo, como a greve dos estudantes depende da greve dos professores e funcionários, o Comando de Greve deve aproveitar esse período para conseguir a audiência com o reitor. Para isso, estão protocolando todos os dias pedido de audiência. Hoje haveria uma mobilização pacífica em frente da reitoria, porém, até por volta de 15h30 o ato que foi divulgado para às 14h30 não aconteceu.

Questionada sobre a falta de participação dos estudantes durante a greve, Karla Gamba informou que tem havido momentos altos e baixos, além do que já passaram mais de 40 dias desde a greve dos professores e a universidade tem se esvaziado. Também destacou que o Comando de Greve possui uma falha de não divulgar as atividades de greve que acontecem. Entretanto, acredita que as reivindicações serão atendidas ao menos em um caráter mínimo. A pauta da paridade, por exemplo, pode resultar em um fórum com data marcada e caráter deliberativo.

As reuniões do Comando de Greve ocorrem segunda, terça e quarta-feira às 18h no DCE e são abertas para todos e todas que queiram participar. Para acompanhar as atividades de greve pela Internet, inscreva-se na lista unbemgreve@yahoogrupos.com.br ou entre na comunidade UnB em Greve no Orkut. O calendário também pode ser acompanhado pela programação pregada em frente ao DCE, na qual aparece como atividade constante a Tamborzada, uma atividade realizada todas as sextas-feiras às 17h na Concha Acústica, organizada pelo CA de Artes Cências.

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

O governo e os servidores

A versão do governo
por Guilherme Rocha

O Ministério da Educação, por meio de sua assessoria, divulgou ontem para o CACOM uma nota rebatendo as críticas dos servidores. O MEC ainda disse que manifestar é direito de todos e que isso é fruto do desenvolvimento democrático do país. A categoria dos servidores reivindica, entre outras pautas, por melhorias salariais e reclama da falta de disponibilidade do ministério para negociações. Leia a nota na íntegra:

NOTA DO MEC

Em relação à greve dos servidores técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior, o Ministério da Educação esclarece que desde 2003 mantém o diálogo para a implantação do plano de carreira, conquista histórica da categoria. Desde então, a remuneração média dos servidores aumentou significativamente: de R$ 1.101,02, em 2002, deverá chegar a R$ 1.797,79 em 2006 - um ganho médio acumulado de 63%.

Desde julho, o MEC mantinha um processo de negociação com os servidores, que deveria ser concluído até 30 de setembro. Esse processo foi rompido unilateralmente pela FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras) em agosto, com a decisão de greve por tempo indeterminado, o que levou o MEC a retirar as propostas apresentadas até então. O MEC está disposto a retomar o diálogo e aguarda que a FASUBRA reveja sua posição.

Quanto ao fato das manifestantes impedidas de usar o caixa eletrônico do ministério, a assessoria disse que houve impedimento devido à invasão dos professores na semana anterior. Eles entraram no ministério e fizeram bastante barulho. Os policiais, segundo os assessores, apenas evitaram que tal ato se repetisse.

Artigo

Assim caminha a universidade
Guilherme Rocha

Estamos em greve. De novo. Os sindicalistas pegam os microfones, ditam palavras bonitas e os manifestantes buscam atos revolucionários e mudanças estruturais. Bom, é bem provável que os grevistas consigam aumento nos saláriosl, muito justo por sinal. A questão é: e as demais reivindicações, onde ficam?

Hoje se um professor concursado se aposenta, morre ou sai da universidade por um motivo qualquer, ele não é reposto, a não ser por um professor substituto. Acontece que o professor substituto ganha bem menos que o concursado (se é que isto é possível), além de ser um professor desmotivado e, muitas vezes, sem doutorado. Então, uma das reivindicações é a realização de concursos públicos já (vale também para a classe dos servidores). Porém, se o governo dá um reajuste, mas não considera outras pautas, como o concurso público (e liberação de verbas, investimento em estrutura, etc), e a classe não aceita a proposta (exatamente por não ter sido plenamente atendida em suas reivindicações), o trabalhador pode perder um ganho salarial. Por outro lado, se aceita apenas o aumento no salário, a universidade continua defasada em outras coisas importantes como as citadas acima.

Assim caminha a universidade pública. Definhando aos poucos e perdendo, cada vez mais, espaço para a universidade particular. Ainda vai levar um tempo para acontecer o que aconteceu com o ensino fundamental e médio. Estes, que antes eram excelentes, perderam qualidade e hoje são, em geral, piores do que escolas particulares. É natural que seja assim com a universidade pública, definhar. E isso não é bom pra você, nem pra mim.

Voltamos para a estaca zero. Fatalmente, a greve não dará os resultados que os grevistas sonham e planejam. É utopia. Já a realidade é um calendário atrasado, universidade sucateada e professores desmotivados, em número insuficiente. É claro que as greves já conquistaram muitas coisas. Por isso, a greve não é ruim, mas também não é tão boa como muitos pensam.

Não, greve, não te quero mal, mas também não te quero mais.

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Pelos Jornais

Professores rejeitam proposta do MEC
por Ana Luiza Zenker

Jornal do Brasil, caderno Brasília, novamente. A proposta do MEC, discutida em assembléia dos professores essa semana foi assunto do JB tanto na terça-feira, dia da assembléia, como na quarta, trazendo o resultado. Na primeira matéria, uma breve explanação das reivindicações dos docentes das IFES. Na segunda, simplesmente o resultado.

A Folha de São Paulo também apresentou, hoje, a não aceitação da proposta do Ministério por outras universidades, não chegando a citar a UnB. Igualmente, o Correio Braziliense, principal jornal local, trouxe um editorial escrito por um professor da universidade, tratando da greve nacional, prejuízos para alunos, sociedade, patrimônio público... De qualquer forma, já é alguma atenção dada aos nossos professores. Frente ao que aparecia na mídia logo no início, já é quase muito.

Quanto ao fim da greve, só nos resta esperar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Assembléia dos professores

Na assembléia de ontem, Rodrigo Dantas( presidente da ADUnB) reforçou mais uma vez que a greve não pára de crescer no Brasil. Agora já são 37 instituições paralisadas, formando um verdadeiro movimento nacional.

A greve também foi valorizada, pois é devido a ela que o governo ofereceu R$ 500 milhões aos professores, sendo que antes da paralisação, a proposta não passava de 0,1% de aumento.

Ao fazer seus esclarecimentos, Maria Barbosa, presidente da ANDES, se disse surpresa quando tomou conhecimento da proposta com R$ 100 milhões a mais que a última. Ressaltou a maneira como o presidente Lula trata a greve, quando este disse: " Esses são mais 100 milhões para acabar com a greve".

Assim, vários professores se manifestaram, falando que a proposta atual do governo nada mais é que a mesma anterior, só que travestida com algumas coisas a mais. "O governo não alterou a idéia central das propostas. As duas reforçam o papel das gratificações, em especial a GED, mas nada mudam os salários base", observou Maria Barbosa.

E todos que foram defender sua posição se disseram contrários à atual proposta objetivando fortalecer o movimento, que aos poucos consegue resultados.

Dantas expôs o que seria apresentado como imprescindível na pauta de reivindicações na reunião de hoje com o governo:

- Aumento do salário base para todas as categorias;

- Incorporação das gratificações;

- Que o governo quantifique quantas vagas serão disponibilizadas para contratação de novos professores;

- E que seja apresentado um cronograma com prazos definidos para implantação dos planos de carreira;

O que entrou em votação:

Aceitação da proposta do governo: nenhum voto
Rejeição da proposta: maioria esmagadora
Abstenções: 2

Comando de greve como único interlocutor dos docentes: maioria aprova e 3 abstenções

Assim, a greve continua.

Servidores vão ao MEC

Categoria interdita parte de uma das pistas, fala em alto-falantes, mas é barrada na entrada do ministério
por Guilherme Rocha

Representantes dos servidores protestaram hoje pela manhã em frente ao MEC (Ministério da Educação) exigindo o cumprimento de acordos e atendimento de reivindicações. Estiveram presentes, além do pessoal do SINTFUB, diretores do CNG (Comando Nacional de Greve), da FASUBRA e sindicalistas de diversos estados.

A Polícia Militar estava presente e deu assistência ao movimento ao organizar o trânsito e respeitar a manifestação. “Manifestar é direito de todos”, disse o major Moretto, um dos líderes dos policiais. “Nosso dever é viabilizar o ato, sem atrapalhar o funcionamento do ministério. Só estamos aqui para cumprir a lei”, completou o policial.

Depois de duas horas de concentração, os servidores estenderam faixas e usaram o alto-falante em frente à entrada do MEC. “O governo não nos atende!”, disse Cosmo Balbino, diretor do SINTFUB. Artur Sinimbu, representante do DCE (Diretório Central dos Estudantes), também falou no mega-fone. Ele parabenizou os servidores pela iniciativa e ressaltou os problemas da universidade pública. Uma das faixas exibia: “FASUBRA exige: punição aos corruptos”. Outra tinha escrito: “Verbas para a educação, não para mensalão”.

Então, os manifestantes, apoiados pela PM, saíram para a pista ao lado do MEC e a paralisaram toda. Assim, o trânsito começou a concentrar-se. A polícia pediu liberação de três faixas para fazer o trânsito fluir. O pedido foi atendido com relutância, apesar dos insistentes pedidos de Cosmo Balbino para a liberação das três faixas. “A população não tem culpa pelo o que o governo faz”, dizia Cosmo.

Dois carros dos bombeiros, um especializado em emergências médicas, ficaram presos no trânsito e tiveram que cortar caminho pela grama para sair. Durante os discursos, houve diversos pedidos para a população compreender o movimento. Foram 17 minutos de interdição e de buzinas constantes, estas por parte dos motoristas parados.

Artur Sinimbu considerou a manifestação positiva. Luís Carlos Sena, do sindicato amazonense, achou que a manifestação conseguiu chamar a atenção que pretendia. Já Maria do Socorro, delegada de base do Hospital Universitário de Brasília, (HUB), achou que o ato poderia ter sido melhor. “Poderíamos ter interditado a pista por mais tempo, com mais pessoas”, afirmou.

Terminada a interdição, alguns manifestantes ficaram para uma manifestação no período da tarde, no Ministério do Planejamento.

Notas

- Apesar das tentativas do sindicato de união com os estudantes, a reportagem viu apenas dois estudantes presentes no ato;

- Um jornal brasiliense cobriu a manifestação.

- Duas mulheres que queriam acessar o caixa eletrônico do MEC foram barradas. “Mas fomos muito bem atendidas no Ministério da Aeronáutica”, disse Mirtes Pacheco, da FASUBRA. Os seguranças do MEC disseram ter recebido ordens de isolar os sanitários e caixas eletrônicos. “Não falaram o motivo”, disse um dos seguranças.
Após a interdição, os policiais fizeram um cordão de isolamento em frente às duas entradas do MEC.

- Correção: em matéria anterior, dizemos que o PSOL de Heloísa Helena era “Partido da Solidariedade”, mas na verdade é “Partido Socialismo e Liberdade”.

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Docentes

Professores rejeitam nova proposta do governo

Na assembléia de hoje, que teve a maior participação de docentes desde o início da greve, os professores decidiram continuar a paralisação.

"O MEC aumentou o dinheiro da proposta, mas a idéia central é a mesma. O salário base não vai sofrer aumento algum com essa proposta, apenas as gratificações".

Mais detalhes serão colocados aqui em outro momento

Ato dos servidores na L2 não aconteceu

O SINTFUB recebe comunicado de última hora da FASUBRA e cancela o ato
Por Guilherme Rocha

Em Assembléia do SINTFUB (Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília) hoje, os servidores preferiram não realizar o ato então programado na L2 para “concentrar forças” em uma manifestação amanhã, dia 19. A mudança de planos decorreu de uma proposta da FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras).

A FASUBRA, por meio de seu boletim, informou montar o Ato Unificado nas Capitais no dia 19 de outubro, Dia Nacional de Luta. O movimento acontecerá em todas as capitais “com o objetivo de divulgar o motivo de (…) Greve e a interface com a Luta em defesa da Universidade Pública” (trecho extraído do boletim da FASUBRA). O ato contará com o Comando Nacional de Greve (CNG) e com os respectivos comandos locais.

Alguns servidores, na Assembléia, colocaram-se a favor da realização dos dois atos. “Os atos não são excludentes”, disse Rogério Marzola, técnico em laboratório do Instituto de Química. “Quanto mais atos fizermos, mais repercussão teremos”, completou o servidor, que trajava uma camisa do PSOL (Partido da Solidariedade, da senadora Heloísa Helena). A ele juntou-se a delegada de base do HUB (Hospital Universitário), Maria do Socorro: “Devemos ir agora para a L2”, disse ela às 11 horas.

Por outro lado, o coordenador-geral do SINTFUB, Luís Carlos, disse que “ir à L2 pode ser um movimento enfraquecido e não eficiente”. Essa também foi a postura de Cosmo Balbino, também coordenador-geral do sindicato: “O ato de hoje pode atrapalhar a divulgação do de amanhã”. “Se não for muita gente, o ato será desprezado”, completou.

Prós e contras expostos, os servidores votaram e decidiram, por esmagadora maioria, cancelar o ato na L2, mas apoiar o de amanhã.

Na Assembléia, houve, ainda, citações ao Referendo das Armas do próximo dia 23. O governo foi acusado de realizar o referendo para desviar a atenção dos problemas no Congresso Nacional.

O estudante Artur Sinimbu, da diretoria do DCE (Diretório Central dos Estudantes), conversou com o sindicato e disse que o DCE estava “esperando a decisão da Assembléia” e que o Diretório iria “apoiar o que fosse decidido”.

O CACOM esclarece que confirmou a realização da manifestação na L2 ontem, às duas horas da tarde, mas o comunicado da FASUBRA recomendando todos a participarem do ato de amanhã só chegou nas mãos dos servidores ao final do dia.

Democratização da Comunicação

Semana pela Democratização da Comunicação oferece oficina para o Comando de Greve Estudantil
por Juliana Mendes

A ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social) articula com o Comando de Greve Estudantil a oficina de Comunicação Estudantil. A atividade, que pretende discutir e produzir Comunicação Alternativa, deverá acontecer na sexta-feira (21/10), e se insere no calendário da III Semana pela Democratização da Comunicação.

A proposta da Semana pela Democratização da Comunicação é questionar a produção da Comunicação no atual modelo brasileiro em que há uma forte concentração dos meios. Segundo dados da organização do evento, quase toda a produção audiovisual veiculada é controlada por 9 famílias.

A Semana pela Democratização da Comunicação foi idealizada pela ENECOS e ocorre em cerca de 10 cidades de todo o Brasil. No Distrito Federal, movimentos sociais agrupados na Rede pela Democratização da Comunicação (RDC) se apropriaram do evento e, em parceria com a ENECOS, construíram uma agenda repleta de eventos. A programação iniciou oficialmente no último domingo na Escola de Ensino Médio 06 em Ceilândia.

No dia em questão, houve apresentação do Teatro do Oprimido do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), exibição de vídeos produzidos pelo Centro de Mídia Independente (CMI), além de performance de grupos culturais de rap, axé e capoeira.

Ato dos servidores na L2 não aconteceu

O SINTFUB recebe comunicado de última hora da FASUBRA e cancela o ato
Por Guilherme Rocha

Em Assembléia do SINTFUB (Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília) hoje, os servidores preferiram não realizar o ato então programado na L2 para “concentrar forças” em uma manifestação amanhã, dia 19. A mudança de planos decorreu de uma proposta da FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras).

A FASUBRA, por meio de seu boletim, informou montar o Ato Unificado nas Capitais no dia 19 de outubro, Dia Nacional de Luta. O movimento acontecerá em todas as capitais “com o objetivo de divulgar o motivo de (…) Greve e a interface com a Luta em defesa da Universidade Pública” (trecho extraído do boletim da FASUBRA). O ato contará com o Comando Nacional de Greve (CNG) e com os respectivos comandos locais.

Alguns servidores, na Assembléia, colocaram-se a favor da realização dos dois atos. “Os atos não são excludentes”, disse Rogério Marzola, técnico em laboratório do Instituto de Química. “Quanto mais atos fizermos, mais repercussão teremos”, completou o servidor, que trajava uma camisa do PSOL (Partido da Solidariedade, da senadora Heloísa Helena). A ele juntou-se a delegada de base do HUB (Hospital Universitário), Maria do Socorro: “Devemos ir agora para a L2”, disse ela às 11 horas.

Por outro lado, o coordenador-geral do SINTFUB, Luís Carlos, disse que “ir à L2 pode ser um movimento enfraquecido e não eficiente”. Essa também foi a postura de Cosmo Balbino, também coordenador-geral do sindicato: “O ato de hoje pode atrapalhar a divulgação do de amanhã”. “Se não for muita gente, o ato será desprezado”, completou.

Prós e contras expostos, os servidores votaram e decidiram, por esmagadora maioria, cancelar o ato na L2, mas apoiar o de amanhã.

Na Assembléia, houve, ainda, citações ao Referendo das Armas do próximo dia 23. O governo foi acusado de realizar o referendo para desviar a atenção dos problemas no Congresso Nacional.

O estudante Artur Sinimbu, da diretoria do DCE (Diretório Central dos Estudantes), conversou com o sindicato e disse que o DCE estava “esperando a decisão da Assembléia” e que o Diretório iria “apoiar o que fosse decidido”.
O CACOM esclarece que confirmou a realização da manifestação na L2 ontem, às duas horas da tarde, mas o comunicado da FASUBRA recomendando todos a participarem do ato de amanhã só chegou nas mãos dos servidores ao final do dia.

Servidores

Manifestação confirmada
por Guilherme Rocha

Os servidores realmente vão parar a L2 Norte amanhã, dia 18. A confirmação veio do coordenador-geral do SINTFUB (Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília), Luís Carlos. Os servidores contataram o DCE (Diretório Central dos Estudantes) e tudo indica que este vá participar do movimento.

Este tipo de manifestação recebe apoio por parte da comunidade universitária. “Se for para melhorar a situação dos servidores, tem que fazer mesmo”, disse Edimar Luiz, ex-aluno da Física da UnB. O aluno Rosimiro Cândido, da Pedagogia, concorda. “A reivindicação dos servidores é legítima. Deve-se pressionar o governo.”

Entretanto, há outro segmento que coloca-se contrário ao movimento grevista, como um estudante da Administração da UnB. “Essas greves não dão em nada”, disse o estudante, que não quis se identificar. “Greve só atrapalha os alunos, que ficam com calendário atrasado ou têm de estudar sem o RU (Restaurante Universitário) e sem a BCE (Biblioteca Central)”, completou.

O que parece ser consenso entre todos é o descaso do governo. Os grevistas insistem em procurar chamar a atenção dos políticos, enquanto os que preferem continuar as aulas dizem que, exatamente por o governo não dar atenção, as greves são inúteis. Os servidores pretendem parar a L2 Norte a partir do meio-dia.

domingo, 16 de outubro de 2005

III Semana Nacional pela Democratização da Comunicação

A Semana Nacional pela Democratização da Comunicação terá início hoje, na Ceilândia e promete muitos debates, palestras e discussões até o dia 23/10. Confira a programação:

Agenda:
16/10
– Comunicação e Cultura – Ato lúdico político.
Hora e local: 14h, Centro de Ensino Médio 06, P Sul, Ceilândia.
Presenças: grupo Atitude, peça Contraponto (MST), Grupo de Rap Subervesão, grupo de break, intervenções sobre o tema da semana.

17/10
- Apresentação da ENECOS e conversa sobre o tema da semana
Horário e local: Manhã e noite,FACITEC (em frente à Católica - Pistão Sul).
Presenças: - Enecos e Cactos UCB

18/10
- Exibição de filmes sobre o tema da semana + debate
Horário e Local: 9h,Bloco K da Universidade Católica de Brasília (UCB).
Presença: Enecos e Cactos UCB

No mesmo dia - Debate sobre Democratização da Comunicação
Horário e local: 20h30, Eurobrás (Gama).
Presenças: Entidades que fazem parte da Rede pela Democratização da Comunicação do DF.

19/10
– Oficina sobre democratização da comunicação –
Horário e local: 8h30, IESB.
Presenças: Rala Coco, Intervozes, Enecos, Campanha Ética na TV.

20/10
– Seminário "TV Digital, perspectivas para o cenário brasileiro" –
Programação: Tarde – Oficina "Aspectos técnico-políticos da TV Digital" - Takashi Tome (CPqD) e Gustavo Gindre (Indecs e Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Tv Digital)

Noite – palestra/debate: TV Digital e Políticas Públicas: Takashi Tome, Gustavo Gindre, Roberto Garcez (diretor de jornalismo da Radiobrás) e um representante do Ministério das Comunicações.

21 e 22/10
– Seminário “O futuro da mídia Comunitária no DF”.

Sexta-feira 20h15: Painel: “Comunicação comunitária e extensão universitária” - Fernando O. Paulino (FAC-UnB), Calebe Pacheco e Bráulio Ribeiro (Icesp), Jonas Valente (Intervozes), Leyberson Pedrosa (Enecos) e João Costa (Associação Amigos da Cultura do Varjão).

Sábado: 14h –Painel: “O Futuro da Mídia Comunitária no DF: A importância da comunicação regional” Prof. Luiz Martins (UnB), Prof. Perci Coelho (UnB), Prof. Salomão Amorim (IESB), João Paulo (MST), Dioclécio Luz (Membro do GTI) e Joaquim Carvalho (Abraço)

23/10
– Ato público “Levante sua voz pela democratização da Comunicação”.
Hora e local: 12h, Torre de TV
Será montada uma rádio ao vivo para discutir temas e conversar com as pessoas que passeiam na torre sobre a comunicação que eles vêem.
Presenças - Marcha Mundial Mulheres, Movimento Passe Livre, Movimento dos Trabalhadores Desempregados, integrantes da Assembléia Popular: mutirão por um novo Brasil, grupo Atitude, Campanha Ética na TV.
Atrações Culturais: dupla de repentistas, Hip Hop, Mambembrincantes, Miolo de Pote.

Entidades organizadoras:

Associação Mundial de Rádios Comunitárias
Centro de Mídia Independente
Centro Acadêmico de Comunicação da UCB
Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação
Social Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação
Social Instituto Nacional de Estudos Sócio-econômicos (INESC)
Laboratório de Políticas de Comunicação da UnB
MST - setorial de cultura
Radio Laboratório de Comunicação Comunitária da UnB - Ralacoco
Rádio Livre e Alternativa do UniCEUB
Radiola Sindicato dos Jornalistas do DF
TV comunitária do DF

Mais informações em: http://www.crisbrasil.org.br/ http://www.democratizacaodacomunicacao.blogger.com.br/

Contatos: Jonas Valente - 8112 9868 Leyberson Pedrosa - 8406 0115

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Docentes

Atenção!

O presidente Lula, em reunião com o ministro interino da Educação, Jairo Jorge, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, autorizou o MEC a liberar R$ 500 milhões para o aumento salarial dos professores, objetivando a volta destes às suas atividades.

Esse valor é R$ 105 milhões maior que a proposta anterior e pode sinalizar um inicío de negociações firmes entre os sindicatos e governo, ou até mesmo a aceitação imediata da proposta pelos docentes.

Jairo Jorge acredita que a greve se aproxima do fim, como afirmou ao portal de assessoria de comunicação do MEC: "Acredito que, com esta proposta, a greve deve ser equacionada antes do dia dos professores".

Então, fiquem ligados nas negociações. O CACOM se esforçará para cobrir todos os acontecimentos.

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Docentes

Professores exigem a suspensão do calendário acadêmico
por Aerton Guimarães

Na assembléia dos professores realizada hoje pela manhã, foi decidido que será encaminhado ao CEPE (Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão) um documento pedindo a suspensão do calendário acadêmico, já que o conselho ainda não reconheceu as condições precárias de ensino na universidade durante a greve. Outros encaminhamentos aprovados:

Fortalecer a greve e reafirmar a pauta do Conselho Nacional de Greve;
Reforçar a posição do comando de greve como representante legítimo dos docentes;
Concentração em frente ao MEC no dia 19 de outubro;
Próxima assembléia para o dia 18 de outubro;

Opinião

"O prolongamento da greve só depende do governo"

Essa foi a resposta de Rodrigo Dantas, presidente da ADUnB, quando questionado a respeito da duração da greve. Rodrigo disse também que os docentes estão sempre abertos a negociações, diferentemente do governo.

Não é possível fazer nenhuma estimativa em relação à greve. As negociações começaram após um mês de paralisação dos docentes e as perspectivas não são boas, pois, como sempre, o governo pensa superficialmente nos problemas das universidades federais, assim como os próprios professores. Estes não buscam a melhoria do ensino e nem da instituição como deveriam, mas lutam pelo aumento salarial.

Na assembléia de hoje, a questão salarial foi muito valorizada, demonstrando que a principal, e talvez única preocupação dos docentes, é o salário. Todos sabemos que os professores são mal remunerados e que eles devem reivindicar o aumento e incorporação das gratificações, porém é deplorável ver que um movimento como este, o qual recebe cada vez mais apoio em todo o Brasil, resuma-se a tão pouco.

Aí entra outra questão: os professores deveriam receber este encargo? Serão realmente eles os interlocutores da universidade? Acho que eles também são reponsáveis, assim como os servidores e principalmente os estudantes, praticamente paralisados e sem atitude coletiva. De que adianta fazer reuniões e propor atividades de greve estudantil se menos de 50 alunos participam?

Fica aqui a crítica aos três segmentos: aos professores e servidores por pensarem apenas em si mesmos e aos estudantes, por sua passividade e falta de espírito coletivo.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Servidores

Servidores vão parar a L2 Norte

Categoria decidiu fazer manifestação em frente ao HUB para chamar a atenção da sociedade e da imprensa
por Guilherme Rocha


Os servidores decidiram, na Assembléia de hoje, parar o trânsito da L2 Norte em frente ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) na próxima terça-feira, dia 18. Serão chamados para fazer parte da manifestação os estudantes e professores da UnB. A proposta foi feita pelo administrador do sindicato, Guedes, e foi bem aceita pelos servidores presentes na Assembléia.

A delegada de base do HUB, Socorro, havia proposto uma manifestação em frente ao Ministério da Educação (MEC), mas concordou com os colegas que a paralisação da L2 Norte seria mais eficiente para os propósitos da categoria.

“Precisamos ter gente!”, disse Lima, um dos inscritos a falar para a Assembléia. “Houve aumento para os militares, para o legislativo e para o judiciário. E quanto a nós?”, completou.

Os servidores farão normalmente sua Assembléia no dia 18 e, depois dela, irão para a frente do HUB. Pretendem parar o trânsito no horário de maior movimento, após o meio-dia, por uma duração de trinta minutos a uma hora.

Outros temas foram debatidos na reunião, que contou inicialmente com algo em torno de 140 servidores. Porém, até o fim, havia menos da metade deste número.

Entre os demais temas, estava a formação da Comissão Eleitoral que conduzirá as eleições do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SINTFUB). Foram votadas oito pessoas para a comissão. As eleições serão em novembro.

O governo Lula foi bastante criticado devido à política econômica e a falta de atividades e debates entre o MEC e o Comando Nacional de Greve (CNG). Alguns servidores ainda colocaram que a classe não pode aceitar pressões de professores para encerrar a greve.
Vale lembrar que, em função do feriado do dia 12, os servidores não farão Assembléia no dia treze.

Entrevista

“Nossa greve está forte!”

O coordenador-geral do SINTFUB, Luís Carlos, fala sobre a greve e sobre as relações dos servidores com os professores e com o governo
por Guilherme Rocha

Técnico em Engenharia Civil, Luís Carlos trabalhou na Faculdade de Tecnologia, na Prefeitura do Campus da UnB e hoje faz parte do sindicato dos servidores. Ele é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília e um dos fundadores do SINTFUB.

CACOM: Como o senhor vê a situação atual da greve?

Luís Carlos: Nossa greve está forte. A participação dos servidores está alta, algo em torno de setenta a oitenta porcento de adesão. Ver servidores trabalhando na universidade pode dar a impressão de que a greve está fraca, mas são trabalhadores terceirizados. Eles simpatizam com o nosso movimento, mas não podem aderir a ele.

CACOM: Muitos companheiros do senhor criticaram veementemente os professores. Qual a real posição do sindicato quanto aos docentes?

LC: Nós e os professores não temos desavenças, temos apenas pautas diferentes. Nós estamos tentando nos unir, tanto que chamaremos os professores e estudantes para a manifestação na L2.

CACOM: Por que a Assembléia dos servidores esvazia à medida que se aproxima o final da reunião?

LC: Isso é algo natural em qualquer reunião. Quando há novidades, a Assembléia tende a encher, mas nossa última reunião com o MEC foi cancelada. Mas isso é normal.

CACOM: Alguns de seus companheiros têm discursos duros contra o governo. O senhor é a favor de endurecer contra ele?

LC: Sim. Prova disso é a manifestação que faremos semana que vem (na L2). Essa radicalização, inclusive, foi votada e aprovada pelo CNG (Comando Nacional de Greve).

CACOM: O senhor já falou que é preciso uma união dos docentes, alunos e servidores para furar o bloqueio da imprensa.Como o senhor avalia a cobertura da mídia em relação à greve?

LC: Inicialmente, fomos bastante procurados pela grande imprensa. Com o tempo, isso diminuiu. Atualmente, só temos visto a imprensa local (do campus). Acredito que seja devido à crise política, que desvia o foco da nossa greve. Algo semelhante aconteceu em 2001 no atentado às torres gêmeas.

CACOM: Com a greve, muitos estudantes de baixa renda são prejudicados devido à falta do Restaurante Universitário. Qual a posição de vocês quanto a estes estudantes

LC: Pelo que eu sei, o sindicato autorizou que fossem feitas marmitex para este pessoal.

CACOM: O senhor pretende continuar no sindicato?

LC: Faremos uma convenção para decidir, mas a tendência é que o companheiro Cosmo, companheiro Guedes, eu, a tendência é que esta base dispute a eleição.

sábado, 8 de outubro de 2005

Pelos Jornais

31 Federais em Greve
por Ana Luiza Zenker

Nessa sexta-feira, quem fez o dever de casa (?), no que se refere à greve nas Infstituições Federais de Ensino Superior - Ifes - foi o jornal Estado de São Paulo. Apesar de se ater basicamente à paralisação dos docentes, o jornal conseguiu fazer o que poucos têm feito ultimamente: informar dados sobre o movimento.

Só para nos manter atualizados, desde quinta-feira, já são 31 universidades paradas, completa ou parcialmente, e a Unifesp deve decidir pela paralização na segunda. A primeira foi a Universidade Federal do Acre, em greve desde o dia 15 de agosto. Anteontem pararam os professores da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará. A UnB, para os que não lembram, está parcialmente parada desde o dia seis de setembro.

Apesar de a greve já se prolongar por quase dois meses, os efeitos no calendário, de acordo com a matéria, na voz de Ronaldo Nado Teixeira, secretário-executivo adjunto do MEC, ainda não podem ser muito sentidos. Isso se deve ao fato de que algumas instituições se encontram em recesso, atrasado por causa das greves de 2001 e 2003.

O Estadão ainda informa que ontem haveria mais uma rodada de negociações entre o Ministério e o comando de greve. Só nos resta aguardar para ver no que isso vai dar.

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Docentes

Professores rejeitam propostas do MEC
por Aerton Guimarães

A assembléia dos docentes, realizada hoje pela manhã, contou com a presença de mais de 40 professores e teve como principal pauta a discussão a respeito das propostas feitas pelo MEC na reunião do dia 30/09.

No espaço de informes, Rodrigo Dantas, presidente da ADUnB, disse que o CEPE - Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão – ainda não cancelou o calendário de aulas e que tenta insistentemente entrar em contato com a reitoria para discutir essa situação, porém sem resultados. Avisou também que já são 30 instituições de ensino paralisadas em todo o país e que o movimento continua se fortalecendo.

Um dos pontos mais ressaltados na assembléia foi o da importância desta greve para conseguir resultados. Os professores salientaram que há muito tempo o governo não apresentava propostas e após a pressão da greve ele tratou de propor uma, mesmo que indecente, como disse a professora Nilze Maria, da Faculdade de Educação..

Propostas do MEC:

-Reajuste de 50% dos percentuais de titulação dos docentes
-Criação de um grupo de trabalho para tratar da reestruturação da carreira docente e a definição de um cronograma de discussão da proposta salarial
-Criar a classe de professor associado.

A avaliação dessas propostas, feita pela ADUnB, foi então apresentada, sendo considerados como pontos positivos:
Os possíveis avanços das negociações quando o MEC mostrou a disponibilidade financeira do governo; o fato de pensar no professor associado, algo que ainda não havia ocorrido; discutir a carga horária dos docentes e estabelecer um cronograma de reuniões, sendo que amanhã já ocorrerá uma.

E os negativos:
Os pontos que dizem respeito à disposição do governo para o diálogo, que não é efetivo, pois este não reconhece o comando de greve como interlocutor; ignorou o fato de os professpres já estarem em greve há quase um mês, ignorou a proposta de 18% que os docentes colocaram como pauta, oferecendo apenas um aumento na porcentagem das titulações; e pouco discutiu sobre a incorporação das gratificações.

Na parte de encaminhamentos para votação, a ADUnB colocou sua posição de rejeitar as propostas do MEC, fortalecer o movimento e estabelecer o comando de greve como o único interlocutor dos docentes nas negociações, no qual ninguém se manifestou contra.

Assim, foram colocados para votação:

- O comando de greve deve ser o único interlocutor? Resultado: uma abstenção e os outros foram favoráveis.
- Fazer uma reunião com o CEPE para discutir o calendário e o reconhecimento da greve? Resultado: unanimidade favorável.
- Um encontro nacional de professores substitutos deve ser feito? Resultado: um contrário, uma abstenção e a maioria favorável.

Foi decidido também que a reunião do comando de greve de amanhã será realizada em frente ao MEC, às 9h30min, pouco antes da audiência do ANDES-SN no Ministério da Educação.

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

Servidores

Servidores buscam apoio
por Ana Paula Bezerra Leitão

Os servidores públicos de universidades brasileiras buscam de todas as formas pressionar o governo a reabrir a mesa de negociações. Ontem, cerca de 50 integrantes do Comando Nacional de Greve (CNG), que inclui representantes de universidades de todo o país, se dirigiram ao Congresso Nacional para pedir o apoio dos parlamentares na busca pelo processo de negociação e para tentar marcar uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Há 15 dias, os servidores tinham entregado ofícios aos parlamentares, conseguindo o apoio de três deputados: Paulo Rubem (PT- PE), Walter Pinheiro (PT-Bahia) e Terezinha Fernandes (PT- MA). Estes se pronunciaram na semana passada como integrantes da Comissão de Parlamentares, que luta pela causa dos servidores públicos e da qual fazem parte efetivamente 5 deputados, entre os quais Fátima Bezerra (PT-RN), Alice Portugal (PCdoB-BA), Iara Bernadi (PT-SP) , Wasny de Roure (PT-DF) e Gilmar Machado (PT-MG).

Estava marcada também uma reunião da Comissão de Orçamento na Câmara dos Deputados, da qual faz parte o deputado Gilmar Machado, vice-líder do governo, na qual se discutiram as relatorias. No entanto, a reunião foi suspensa e transferida para dia 11 de outubro às 14h.

O movimento grevista dos servidores públicos das universidades tenta ganhar força através de parcerias políticas, que podem influenciar diretamente na retomada das negociações por parte do governo, que até então se encontra fechado para negociações.

Docentes

As propostas do MEC
por Aerton Guimarães

Na reunião realizada no dia 30 de setembro com o MEC, os docentes receberam a primeira proposta oficial do governo. Estavam presentes o ministro Fernando Haddad, Ronaldo Teixeira e Maria do Rosário, pelo MEC; Marina Barbosa, Paulo Rizzo e Althen Teixeira Filho (CNG), pelo ANDES-SN; o reitor Paulo Speller, pela ANDIFES; o deputado Wasny de Roure, (PT-DF) e Márcia, assessora da deputada Fátima Bezerra (PT-RN); Robson e Gil Vicente, do PROIFES.

O ministro Fernando Haddad disse que não existe uma proposta que agrade a todos, mas que apresentava naquele momento uma proposta que valorizava o mérito, a carreira, e apresentou as propostas:

1. Transformar o atual GT em GT para reestruturação da carreira, no qual será tratado também o tema da incorporação das gratificações.

2. Com base em um cronograma imediato, discutir duas medidas. A primeira seria a criação da classe de Professor Associado. Existem, de acordo com secretário, 12 mil professores represados na posição de Adjunto IV, em condições de ascender para a nova classe, sendo o interstício salarial de 10%. Os critérios para a progressão deverão ser tratados nas próximas reuniões; a segunda seria um aumento de 50% nos incentivos de titulação, o que, segundo o Secretário, resultaria em um reajuste médio do total da remuneração de 9,47%.

Essa proposta de aumento seria implantada logo em janeiro de 2006, de acordo com o MEC. Ficou decidido que as bases discutiriam tal proposta e que a próxima reunião dom o MEC será realizada no dia 7 de outubro, às 10h.

Fonte: ADunB

Servidores

Conquistas, esclarecimentos e discussões
por Guilherme Rocha

Os servidores da UnB reuniram-se hoje na praça Chico Mendes para mais uma Assembléia da categoria. Foram expostos alguns avanços que a classe conseguiu junto ao Congresso, questões foram esclarecidas e discussões foram travadas.

Primeiramente, os servidores falaram, com orgulho, a respeito da reunião do Comando Nacional de Greve (CNG) com o líder do governo Arlindo Chinaglia (PT). Os servidores reclamaram da falta de atenção, por parte dos parlamentares, sobre a greve nacional das universidades federais. Eles ainda expuseram a proposta de criação de uma agenda para discutir pautas como concurso público para a categoria, aposentadoria e auxílios. Para esta semana, ainda, os servidores esperam uma reunião com representantes governistas para mais debates e negociações.

Entretanto, a classe frustrou-se com a não realização de uma reunião marcada para ontem de parlamentares com o Ministro do Planejamento a qual visava discutir o novo orçamento e a fração deste que seria reservada para os servidores.

Posteriormente, os servidores esclareceram uma questão relativa à Biblioteca Central da UnB: Eles foram acusados de abrir a biblioteca para todos os estudantes, o que caracterizaria um ato de “furar a greve”. Porém, a Biblioteca foi aberta apenas para estudantes de pós-graduação, mestrado e doutorado que têm, comprovadamente, um curto prazo de entrega de trabalhos. Estes necessitam urgentemente do acesso aos livros da Biblioteca.

Então, foi colocada a situação de servidores terceirizados do Hospital Universitário (HUB). Eles pararam, na semana passada, e fizeram uma reunião para reivindicar junto à Reitoria por, entre outras coisas: a regularização dos contratos destes funcionários (item dado como mais importante); aumento de 28%; estabelecimento de 30 horas de trabalho semanais; pagamento de INSS atrasado, férias com remuneração e auxílio-alimentação.

Contudo, a Assembléia esvaziou-se aos poucos devido a uma série de divergências entre integrantes da mesa, entre eles o coordenador geral do SINTFUB, Seu Luís, e uma delegada de base do HUB, Dona Socorro. Ambos não se entendiam sobre direitos de resposta e uso do microfone, o que gerou longa discussão. Impacientes, os servidores deixavam a Assembléia, que acabou com menos da metade do número de servidores que a iniciaram.

As Assembléias dos Servidores acontecem todas as terças e quintas-feiras na praça Chico Mendes no período da manhã.

terça-feira, 4 de outubro de 2005

Pelos Jornais

"Mesmo em greve, UnB mostra seu trabalho"
por Ana Luiza Zenker

Essa foi o título usado pelo Jornal do Brasil, em uma de suas matérias do caderno Brasília. De novo ele, e somente ele. Nem o Correio deu nada hoje.

O principal foco foi a Semana de Extensão, que começou hoje, na UnB. São atividades, como palestras, seminários, debates etc. que mostram um pouco do que a Universidade tem feito em prol da comunidade, através dos seus projetos de extensão. Apesar da greve, a Semana não foi adiada. O próprio comando local a está considerando como uma atividade de greve.

Sobre a greve mesmo, muito pouco. Apenas expectativa em relação à próxima assembleia dos docentes: na quinta a decisão se aceitam ou não a proposta encaminhada pelo MEC de reajuste nas gratificações por titulação. Rodrigo Dantas, segundo o jornal, acha que não.

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Pelos Jornais

Saiu no JB
por Ana Luiza Zenker

Apesar de inúmeras instituições de ensino superior estarem em greve em todo o país, não tem sido comum encontrarmos notícias sobre a situação da paralisação. A bem da verdade, é algo realmente raro. Há umas duas semanas podíamos ler algo a respeito da greve nas universidades estaduais em São Paulo, nos jornais paulistas de circulação nacional. Algo semelhante talvez esteja começando a ser esboçado no que se refere à situação na UnB.

Hoje, o Jornal do Brasil, no caderno Brasília, trouxe uma entrevista com o decano de ensino e graduação da UnB, Ivan Camargo. Na oportunidade, Camargo se colocou contra a atual paralisação apesar de julgar que as reivindicações estão corretas. Na sua opinião, que é compartilhada por vários outros professores da instituição, o que está sendo discutida é uma pauta permanente (contratação de mais professores, melhorias nas condições de ensino e também na remuneração do corpo docente) e “usar nosso último instrumento de barganha para reivindicar pontos da pauta permanente é uma atitude errada do movimento”.

Fica claro, na entrevista concedida, o seu posicionamento como um dos responsáveis pela administração da universidade. Isso é notado pelo destaque dado ao prejuízo financeiro, sofrido com os dias de greve. “Cada aluno custa por mês R$ 1 mil para a universidade. São 25 mil alunos. O prejuízo é de R$ 25 milhões por mês de greve. Não é pouco dinheiro. Dá quase R$ 1 milhão por dia de paralisação”. Camargo falou também dos prejuízos para os estudantes e a instituição pelo atraso nas formaturas e do que já foi prometido pelo MEC, como a contratação de 2500 professores ainda este ano e mais 3500 ano que vem.

A entrevista na íntegra está disponível também no JBOnline. Na imprensa local, nem uma linha, a não ser nos jornais online.

Enquanto isso, na FAC...

A mobilização dos estudantes
por Guilherme Rocha

Hoje, às 10:15, os estudantes da FAC reuniram-se mais uma vez e o tema da reunião foram os planejamentos para a greve. Compareceram 12 estudantes. As reuniões acontecem todas as terças, às dez horas, mas esta última foi adiantada em função da V Semana de Extensão da UnB, que começará amanhã, dia 4 de outubro.

A principal pauta da reunião era estabelecer um conjunto de atividades a serem realizadas durante a greve. A primeira decidida pelos estudantes, foi a de realizar sessões de cinema todas as quintas-feiras, às dez horas, no CACOM. Foi acertado que o primeiro filme a ser exibido será o ganhador do Oscar de melhor filme deste ano, Menina de Ouro, no dia 13 de outubro.

Outras duas propostas de atividades de greve foram feitas: primeiro, os estudantes cogitam realizar partidas de futebol entre os Centros Acadêmicos, possivelmente realizadas no Centro Olímpico e, segundo, pensam em organizar encontros dos estudantes da faculdade.Vale lembrar: todos os estudantes da FAC podem participar da reunião, mostrar suas idéias e sugerir pautas, filmes para exibição, atividades de greve.

domingo, 2 de outubro de 2005

Servidores

Servidores em mobilização
por Ana Paula Bezerra Leitão

Os servidores resolveram adotar outros meios de mobilização além da greve de trabalho. No dia 28 de setembro de 2005, cerca de 650 servidores de universidades públicas brasileiras chegaram em caravanas vindas de todo o país, e acamparam na Esplanada dos Ministérios para pressionar o governo a reabrir as negociações, vetadas pelo presidente até que a categoria saísse da greve. Por volta das 18h30 deste dia, os grevistas fizeram uma passeata com tochas do MEC ao Congresso Nacional, retornando ao MEC, enquanto gritavam versos como “nem mensalim, nem mensalão, dinheiro para a educação”. Segundo Wellington Pereira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo, (SINTUFES), e educador técnico-administrativo há 20 anos na UFES, a idéia era seguir em passeata até o Palácio da Alvorada, moradia do presidente da República. o que não se concretizou por motivo da reforma do Palácio, ou de ir até a casa do ministro da educação, o que não foi possível devido ao não conhecimento da localização de sua moradia.

Após a instalação dos caravaneiros na Esplanada dos Ministérios, os servidores da Universidade de Brasília, (UnB), fizeram uma assembléia no dia 29 de agosto às 9h da manhã na Praça Chico Mendes, reunindo cerca de 140 servidores que discutiram, entre outros assuntos, a questão da Semana Universitária. A decisão foi de não vetar o evento, mas também de não dar apoio total, o que inclui a não abertura do Restaurante Universitário e da Biblioteca Central neste período. A assembléia objetivava também incentivar os servidores públicos da UnB a se juntar às caravanas e a participar dos eventos programados, com previsão de saída de um ônibus da universidade para a esplanada às 13h.

Enquanto ocorria a assembléia na UnB, os caravaneiros participavam de uma reunião no Congresso Nacional, na qual debateram com o deputado Gilmar Machado, do PT de Minas Gerais, e também conseguiram o apoio efetivo de 5 parlamentares na causa. No dia 30 de setembro, a manifestação começou com um café da manhã em frente ao Ministério da Educação, (MEC), seguida de uma vigília que durou a tarde inteira, até a partida das caravanas de volta para seus estados.

A mobilização na Esplanada não conseguiu atingir seu objetivo imediato, a reabertura das negociações. Entretanto, segundo Paulo Henrique Rodrigo dos Santos, do comando nacional de greve e da direção da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras, (FASUBRA), além de conseguir o apoio de parlamentares que irão pressionar o MEC e o governo a reabrir a mesa de negociações, o movimento mostrou ao país a força que possui, reunindo cerca de 650 servidores que se deslocaram de seus estados para a manifestação em Brasília e conseguindo, com a entrada no dia 28 da Universidade do Piauí, deflagrar greve em 41 das 43 universidades brasileiras

A greve na internet

Opinião

Greve? Que greve?
Um relato do mundo paralelo no portal da UnB

por Jullyane Ribeiro

Para quem está interessado em qualquer espécie de informação em relação à greve dos docentes, funcionários e estudantes da UnB, o site da respectiva instituição definitivamente não é a fonte mais indicada. O portal em nada reflete o clima hostil e tenso em que se encontra a universidade. As expressões que freqüentemente ouvimos nos corredores do minhocão (reajuste salarial, assembléia, manifestação, universidade pública de qualidade, blá blá blá) nem sequer encontram espaço no mundo paralelo do portal da UnB, onde tudo é lindo, correto e justo.

Ao ler os destaques deste sábado (água: recurso desperdiçado, semana de extensão e inscrições do vestibular) percebemos que o site trata de assuntos deveras interessantes para a comunidade acadêmica e que mostram que mesmo com a greve, a universidade continua realizando diversas atividades normalmente. Assume-se uma postura de “se não se divulga, não se tem conhecimento, se não se tem conhecimento, não existe”. Enquanto isso, aos olhos de alguém de fora da universidade, tudo corre tranqüilamente, a UnB funciona a todo vapor e ninguém é prejudicado. E assim funciona a transmissão de informações sob a ótica dos meios oficiais...

sábado, 1 de outubro de 2005

Pré-FINCA do CACOM


O pré-FINCA do CACOM, realizado no último dia 29 de setembro na Faculdade de Comunicação foi considerado um sucesso. Como há muito tempo não se via uma festa assim da Comunicação, o público se surpreendeu com a organização (apesar do grande atraso do show, programado para ter início às 20h, mas só começou às 23h, devido a problemas técnicos).

O objetivo do evento era escolher a banda que representaria a Comunicação no FINCA (Festival Universitário de Música Candanga - Interno da UnB). O processo de votação foi determinado da seguinte maneira: dois jurados, Daniel Guedes e Victor Longo (o Bahia), que tocam ou já tocaram em bandas e possuem experiência no ramo, avaliariam as bandas de acordo com os mesmos critérios exigidos pelo próprio FINCA (interpretação, arranjo, integração com o público e letra) e a maior soma seria o voto, e um outro seria o do júri popular.

Na verdade inicialmente tínhamos planejado chamar dois professores, além de um representante do CACOM que entendesse de música, mas não conseguimos os professores, por isso chamamos mais um estudante da FAC que também entende de música.

O resultado final da votação pelo júri popular foi:

Los Cabrones - 54
Casa Redonda - 24
Tríbulos - 22
casamata - 14
Ponta de lança - 06

Dando um voto portanto, à banda Los Cabrones. E os dois jurados escolheram a banda Tríbulos na avaliação dos critérios estabelecidos, que foi declarada a vencedora da competição.

A boa notícia é que, das 5 bandas participantes, pelo menos 3, fora a Tríbulos, que representará a Comunicação, já conseguiram outros cursos para representar no FINCA, devido ao esforço do CACOM na pr0cura por cursos que não inscreveram banda alguma.

O CACOM agradece a participação das bandas e do público presente no evento, considerado muito tranquilo pelos organizadores, também porque não causou nenhum inconveniente para a segurança da UnB.

por Aerton Guimarães

Fotos do evento

Los Cabrones - os vencedores pelo júri popular



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