Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


terça-feira, 11 de outubro de 2005

Entrevista

“Nossa greve está forte!”

O coordenador-geral do SINTFUB, Luís Carlos, fala sobre a greve e sobre as relações dos servidores com os professores e com o governo
por Guilherme Rocha

Técnico em Engenharia Civil, Luís Carlos trabalhou na Faculdade de Tecnologia, na Prefeitura do Campus da UnB e hoje faz parte do sindicato dos servidores. Ele é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília e um dos fundadores do SINTFUB.

CACOM: Como o senhor vê a situação atual da greve?

Luís Carlos: Nossa greve está forte. A participação dos servidores está alta, algo em torno de setenta a oitenta porcento de adesão. Ver servidores trabalhando na universidade pode dar a impressão de que a greve está fraca, mas são trabalhadores terceirizados. Eles simpatizam com o nosso movimento, mas não podem aderir a ele.

CACOM: Muitos companheiros do senhor criticaram veementemente os professores. Qual a real posição do sindicato quanto aos docentes?

LC: Nós e os professores não temos desavenças, temos apenas pautas diferentes. Nós estamos tentando nos unir, tanto que chamaremos os professores e estudantes para a manifestação na L2.

CACOM: Por que a Assembléia dos servidores esvazia à medida que se aproxima o final da reunião?

LC: Isso é algo natural em qualquer reunião. Quando há novidades, a Assembléia tende a encher, mas nossa última reunião com o MEC foi cancelada. Mas isso é normal.

CACOM: Alguns de seus companheiros têm discursos duros contra o governo. O senhor é a favor de endurecer contra ele?

LC: Sim. Prova disso é a manifestação que faremos semana que vem (na L2). Essa radicalização, inclusive, foi votada e aprovada pelo CNG (Comando Nacional de Greve).

CACOM: O senhor já falou que é preciso uma união dos docentes, alunos e servidores para furar o bloqueio da imprensa.Como o senhor avalia a cobertura da mídia em relação à greve?

LC: Inicialmente, fomos bastante procurados pela grande imprensa. Com o tempo, isso diminuiu. Atualmente, só temos visto a imprensa local (do campus). Acredito que seja devido à crise política, que desvia o foco da nossa greve. Algo semelhante aconteceu em 2001 no atentado às torres gêmeas.

CACOM: Com a greve, muitos estudantes de baixa renda são prejudicados devido à falta do Restaurante Universitário. Qual a posição de vocês quanto a estes estudantes

LC: Pelo que eu sei, o sindicato autorizou que fossem feitas marmitex para este pessoal.

CACOM: O senhor pretende continuar no sindicato?

LC: Faremos uma convenção para decidir, mas a tendência é que o companheiro Cosmo, companheiro Guedes, eu, a tendência é que esta base dispute a eleição.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gente, que bom! O Cacom tá mandando bem!