Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Servidores vão ao MEC

Categoria interdita parte de uma das pistas, fala em alto-falantes, mas é barrada na entrada do ministério
por Guilherme Rocha

Representantes dos servidores protestaram hoje pela manhã em frente ao MEC (Ministério da Educação) exigindo o cumprimento de acordos e atendimento de reivindicações. Estiveram presentes, além do pessoal do SINTFUB, diretores do CNG (Comando Nacional de Greve), da FASUBRA e sindicalistas de diversos estados.

A Polícia Militar estava presente e deu assistência ao movimento ao organizar o trânsito e respeitar a manifestação. “Manifestar é direito de todos”, disse o major Moretto, um dos líderes dos policiais. “Nosso dever é viabilizar o ato, sem atrapalhar o funcionamento do ministério. Só estamos aqui para cumprir a lei”, completou o policial.

Depois de duas horas de concentração, os servidores estenderam faixas e usaram o alto-falante em frente à entrada do MEC. “O governo não nos atende!”, disse Cosmo Balbino, diretor do SINTFUB. Artur Sinimbu, representante do DCE (Diretório Central dos Estudantes), também falou no mega-fone. Ele parabenizou os servidores pela iniciativa e ressaltou os problemas da universidade pública. Uma das faixas exibia: “FASUBRA exige: punição aos corruptos”. Outra tinha escrito: “Verbas para a educação, não para mensalão”.

Então, os manifestantes, apoiados pela PM, saíram para a pista ao lado do MEC e a paralisaram toda. Assim, o trânsito começou a concentrar-se. A polícia pediu liberação de três faixas para fazer o trânsito fluir. O pedido foi atendido com relutância, apesar dos insistentes pedidos de Cosmo Balbino para a liberação das três faixas. “A população não tem culpa pelo o que o governo faz”, dizia Cosmo.

Dois carros dos bombeiros, um especializado em emergências médicas, ficaram presos no trânsito e tiveram que cortar caminho pela grama para sair. Durante os discursos, houve diversos pedidos para a população compreender o movimento. Foram 17 minutos de interdição e de buzinas constantes, estas por parte dos motoristas parados.

Artur Sinimbu considerou a manifestação positiva. Luís Carlos Sena, do sindicato amazonense, achou que a manifestação conseguiu chamar a atenção que pretendia. Já Maria do Socorro, delegada de base do Hospital Universitário de Brasília, (HUB), achou que o ato poderia ter sido melhor. “Poderíamos ter interditado a pista por mais tempo, com mais pessoas”, afirmou.

Terminada a interdição, alguns manifestantes ficaram para uma manifestação no período da tarde, no Ministério do Planejamento.

Notas

- Apesar das tentativas do sindicato de união com os estudantes, a reportagem viu apenas dois estudantes presentes no ato;

- Um jornal brasiliense cobriu a manifestação.

- Duas mulheres que queriam acessar o caixa eletrônico do MEC foram barradas. “Mas fomos muito bem atendidas no Ministério da Aeronáutica”, disse Mirtes Pacheco, da FASUBRA. Os seguranças do MEC disseram ter recebido ordens de isolar os sanitários e caixas eletrônicos. “Não falaram o motivo”, disse um dos seguranças.
Após a interdição, os policiais fizeram um cordão de isolamento em frente às duas entradas do MEC.

- Correção: em matéria anterior, dizemos que o PSOL de Heloísa Helena era “Partido da Solidariedade”, mas na verdade é “Partido Socialismo e Liberdade”.

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