Estudantes
DCE e Comando de Greve, duas entidades representativas dos estudantes
por Juliana Mendes
Em algumas universidades, quando os estudantes entram em greve, o DCE é destituído e o Comando de Greve eleito passa a representar os estudantes. Essa foi parte da fala de Karla Gamba para explicar a confusão em se compreender a atuação dessas duas entidades representativas durante a greve. Segundo Artur Sinimbu, também do DCE, ao participar das outras plenárias além da Conlutes, o diretório não tinha prerrogativa de decidir nada sobre a greve ou estipular usos para o fundo do Comando de Greve. Ressaltou que ambas as entidades estão submetidas à Assembléia.
Gamba defendeu a decisão do DCE de participar das outras plenárias nacionais. Acredita ser importante porque o diretório, baseando-se no suprapartidarismo, consegue dialogar e articular com mais grupos. Quanto à questão do DCE se submeter ao CEB e à Assembléia, Sinimbu declarou que foi decidido em consenso durante reunião do Comando de Greve que as deliberações seriam levadas a essas instâncias quando houvesse divergência. O Comando de Greve, como enfatizou Gamba, é plural e aberto a todos, abrangendo em sua composição estudantes do PSDB e do PSTU.
Em relação à reunião dos CAs no dia 08/10, Gamba declarou que houve certo jogo político na convocação da mesma. O DCE havia apresentado duas propostas: um CEB na mesma data; ou posterior, no final da semana seguinte, após uma Assembléia dos Estudantes. A segunda proposta havia sido aprovada.
Audiência com o reitor: Sinimbu informou que a reitoria pediu que a pauta de reivindicações fosse destrinchada para que uma audiência com o reitor fosse realizada. Ainda, afirmou que a reitoria tem apontado a dificuldade de se realizar audiência durante esse período de transição (a posse do novo reitor será no dia 11 de novembro). Sinimbu declarou que “o movimento não espera o reitor”, pois, com os estudantes em greve, há urgência.
A Assessora do Reitor, Maria Nadje, confirmou que o Comando solicitou audiência com o reitor logo que os estudantes entraram de greve, algo como duas semanas após a paralisação. Porém, destacou que o Prof. Timothy nunca deixou de receber um aluno. Quando ele não pode, ela mesma recebe e por vezes puxa ele da outra sala.
Explicou que recebeu um representante do Comando de Greve e pediu que a pauta de reivindicação fosse dividida por decanato e nas categorias: pequena, média e grande duração. Dessa forma, os estudantes podem conversar com os Profs. Timothy e Edgar para que os pontos de reivindicação sejam direcionados para cada decanato. Afirmou também que muitas reivindicações serão contempladas com a posse do novo reitor. Por exemplo, o Prof. Timothy pretende realizar uma semana de discussão da paridade para realizar um plebiscito sobre o assunto após cerca de um ano de seu mandato.
Segundo a assessora, para além da divisão da pauta, a agenda do reitor está cheia nesse período de transição e foi bloqueada para que seja possível realizar todas essas atividades. Enfatizou que o reitor quer que os estudantes ajudem a trabalhar e realizar esse projeto (as propostas da pauta).
Antes mesmo que Nadje fosse entrevistada, Sinimbu afirmou que o destrinchamento da pauta não era impeditivo para uma reunião com a reitoria, pois não esperam um parecer técnico do reitor. Além do que, as reivindicações poderiam ser aprofundadas. Ressaltou que antes da greve já haviam levado reivindicações gerais para o vice-reitor e cada ponto de pauta equivalia a uma folha de papel.
Um comentário:
Na semana do dia 8 nao houve nem assembleia nem CEb.
Na semana das Plenarias nacionais (semana seguinte)foi cancelada a asseembleia estudanil por nao haver estudantes no campus (por isso a justificativa de se priorizar o conselho dos cas). Ou seja, a discussão de qual espaços o me da unb deve participar, fica hoje reservado ao comando de greve e ao dce... Nao passa pelos foruns (CEB e assembleia) ao qual esta submetido.
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