Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Docentes

Professores rejeitam propostas do MEC
por Aerton Guimarães

A assembléia dos docentes, realizada hoje pela manhã, contou com a presença de mais de 40 professores e teve como principal pauta a discussão a respeito das propostas feitas pelo MEC na reunião do dia 30/09.

No espaço de informes, Rodrigo Dantas, presidente da ADUnB, disse que o CEPE - Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão – ainda não cancelou o calendário de aulas e que tenta insistentemente entrar em contato com a reitoria para discutir essa situação, porém sem resultados. Avisou também que já são 30 instituições de ensino paralisadas em todo o país e que o movimento continua se fortalecendo.

Um dos pontos mais ressaltados na assembléia foi o da importância desta greve para conseguir resultados. Os professores salientaram que há muito tempo o governo não apresentava propostas e após a pressão da greve ele tratou de propor uma, mesmo que indecente, como disse a professora Nilze Maria, da Faculdade de Educação..

Propostas do MEC:

-Reajuste de 50% dos percentuais de titulação dos docentes
-Criação de um grupo de trabalho para tratar da reestruturação da carreira docente e a definição de um cronograma de discussão da proposta salarial
-Criar a classe de professor associado.

A avaliação dessas propostas, feita pela ADUnB, foi então apresentada, sendo considerados como pontos positivos:
Os possíveis avanços das negociações quando o MEC mostrou a disponibilidade financeira do governo; o fato de pensar no professor associado, algo que ainda não havia ocorrido; discutir a carga horária dos docentes e estabelecer um cronograma de reuniões, sendo que amanhã já ocorrerá uma.

E os negativos:
Os pontos que dizem respeito à disposição do governo para o diálogo, que não é efetivo, pois este não reconhece o comando de greve como interlocutor; ignorou o fato de os professpres já estarem em greve há quase um mês, ignorou a proposta de 18% que os docentes colocaram como pauta, oferecendo apenas um aumento na porcentagem das titulações; e pouco discutiu sobre a incorporação das gratificações.

Na parte de encaminhamentos para votação, a ADUnB colocou sua posição de rejeitar as propostas do MEC, fortalecer o movimento e estabelecer o comando de greve como o único interlocutor dos docentes nas negociações, no qual ninguém se manifestou contra.

Assim, foram colocados para votação:

- O comando de greve deve ser o único interlocutor? Resultado: uma abstenção e os outros foram favoráveis.
- Fazer uma reunião com o CEPE para discutir o calendário e o reconhecimento da greve? Resultado: unanimidade favorável.
- Um encontro nacional de professores substitutos deve ser feito? Resultado: um contrário, uma abstenção e a maioria favorável.

Foi decidido também que a reunião do comando de greve de amanhã será realizada em frente ao MEC, às 9h30min, pouco antes da audiência do ANDES-SN no Ministério da Educação.

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