Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Docentes

Professores exigem a suspensão do calendário acadêmico
por Aerton Guimarães

Na assembléia dos professores realizada hoje pela manhã, foi decidido que será encaminhado ao CEPE (Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão) um documento pedindo a suspensão do calendário acadêmico, já que o conselho ainda não reconheceu as condições precárias de ensino na universidade durante a greve. Outros encaminhamentos aprovados:

Fortalecer a greve e reafirmar a pauta do Conselho Nacional de Greve;
Reforçar a posição do comando de greve como representante legítimo dos docentes;
Concentração em frente ao MEC no dia 19 de outubro;
Próxima assembléia para o dia 18 de outubro;

Opinião

"O prolongamento da greve só depende do governo"

Essa foi a resposta de Rodrigo Dantas, presidente da ADUnB, quando questionado a respeito da duração da greve. Rodrigo disse também que os docentes estão sempre abertos a negociações, diferentemente do governo.

Não é possível fazer nenhuma estimativa em relação à greve. As negociações começaram após um mês de paralisação dos docentes e as perspectivas não são boas, pois, como sempre, o governo pensa superficialmente nos problemas das universidades federais, assim como os próprios professores. Estes não buscam a melhoria do ensino e nem da instituição como deveriam, mas lutam pelo aumento salarial.

Na assembléia de hoje, a questão salarial foi muito valorizada, demonstrando que a principal, e talvez única preocupação dos docentes, é o salário. Todos sabemos que os professores são mal remunerados e que eles devem reivindicar o aumento e incorporação das gratificações, porém é deplorável ver que um movimento como este, o qual recebe cada vez mais apoio em todo o Brasil, resuma-se a tão pouco.

Aí entra outra questão: os professores deveriam receber este encargo? Serão realmente eles os interlocutores da universidade? Acho que eles também são reponsáveis, assim como os servidores e principalmente os estudantes, praticamente paralisados e sem atitude coletiva. De que adianta fazer reuniões e propor atividades de greve estudantil se menos de 50 alunos participam?

Fica aqui a crítica aos três segmentos: aos professores e servidores por pensarem apenas em si mesmos e aos estudantes, por sua passividade e falta de espírito coletivo.

Um comentário:

Anônimo disse...

nao entendi porque apagaram meu comentário daqui.
Faço um convite para as pessoas do CACOM, inclusive a quem escreveu esta mensagem para que tenham espírito coletivo, como estão tendo todos os estudantes em greve no Brasil, que virão aqui no dia 22(sábado) pra montar 1 comando nacional de greve estudantil.