Dia do Leitor
Poesia morta
por Guilherme Rocha
Acabei brigando com a amor
Pois eu descobri ela no flagra
Com a minha personalidade
Mentindo pro bobo que eu fui
Não liguei pra minha consciência
Simplesmente me deixei tomar
Pela minha raiva e instinto
Eu não quero mais saber do mundo
Rasguei e desprezei a pintura
Apaguei o brilho do dourado
E até hoje fico buscando
O primeiro sol da minha noite
Como a sociedade humana,
Humanista e socializada,
Nos transforma em uns sentimentos
Secos e frios, vis e viris?
Portanto, engoli minhas rimas
E caí na rigidez da métrica
Isso aqui não é poesia
São rabiscos sem qualquer poética
Sem o amor, fervor ou saudade
Só o escárnio da emoção
Não ligando mais para verdade
Aprendendo a dizer nunca ou “não”
Tentando engolir o amargo
E assim perdendo a razão
Deixando cair esse meu fardo
Chorando o leite nesse chão
Fingindo forte e suficiente,
Mudando aquela opinião
Imaginando, juntos, a gente
Reconhecendo a solidão
Entregue ao eterno romantismo
Aceitando ou não essa sina
Perdido, só, nesse conformismo
Derrotado pela minha rima
Guilherme Souza Rocha é estudante do quarto semestre de Comunicação Social da UnB
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Um comentário:
Ai, credo
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