Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Cuba não está só

Eram essas as palavras de ordem que hoje “passeavam” pelos corredores da UnB
por Caroline Aguiar
fotos de Felipe Néri



Ontem, quem andava pelos corredores do Minhocão na hora do almoço pôde ver muito mais que o costumeiro vai e vem de alunos. Pessoas fantasiadas e com maquiagens típicas de palhaço percorreram a Ala Norte do ICC mostrando solidariedade à ilha de Cuba.

Mas os transeuntes não precisaram se assustar, era apenas o Movimento Cuba Sí, que no dia seguinte à 15ª Votação sobre o bloqueio norte-americano à Cuba, aproveitou para levar o tema à universidade e discuti-lo. Com o resultado da votação, a ilha continua sobre o embargo, que persiste desde o final da 2ª Guerra Mundial, por causa de apenas quatro votos.

Cantarolando Guantanamera, o garotinho não fazia idéia da causa que defendia

A manifestação foi organizada por diversos movimentos sociais, entre eles a UNE, UBES, DCE-UnB, MST e SINPRO-DF, e teve por objetivo lutar contra o bloqueio, a favor da integração da América Latina e Caribe e pela soltura dos 5 heróis cubanos. Para chamar a atenção, eles andaram pela UnB fazendo encenações e discursos que, entre outros argumentos, acusavam a imprensa de compactuar com os EUA e denunciavam os abusos norte-americanos. A manifestação se encerrou no Anfiteatro 11 lotado, com a exibição de vídeos que mostravam a situação do povo cubano e sua confiança em Fidel Castro, e logo após com debates, em que várias autoridades estavam presentes, entre elas o Embaixador de Cuba.

Ana Daniela afirma que “o movimento é pequeno, mas não faze-lo é pior”

A manifestação também ocorreu em outras partes do país, e Ana Laura, uma das professoras que organizou o movimento em Brasília, ressalta a resistência do povo cubano e a importância de mobilizar os universitários, trazendo o tema para debate. Enquanto Ana Daniela, estudante de letras e participante do movimento, acredita que a manifestação pode ser um pequeno, mas bom começo, Paulo Vieira, estudante de Ciências da Computação que assistia a manifestação, admite que "a causa é válida, mas o movimento não tem força o suficiente para modificar a situação".

Um comentário:

Anônimo disse...

"Com o resultado da votação, a ilha continua sobre o embargo, que persiste desde o final da 2ª Guerra Mundial, por causa de apenas quatro votos."

O bloqueio começou depois da Revolução Cubana, e não no final da 2ª Guerra Mundial.

Quanto à posição defendida pelas manifestantes, sem comentários.