Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Reforma Universitária

Caravana de estudantes marcha até Brasília para manifestar contra a Reforma Universitária
por Caroline Aguiar

Aconteceu ontem, na Esplanada dos Ministérios, um movimento contra a Reforma Universitária. Estudantes de todas as partes do país se reuniram para protestar contra o PL 7200/06, que está no Congresso desde 22 de agosto desse ano e é a quarta versão da Reforma.

O projeto prevê a expansão da rede pública, a reserva de vagas para alunos de baixa renda, democratização do acesso, obrigatoriedade do ENEM, e a distribuição de investimentos de acordo com a produtividade. A reforma surge num momento de explosão de entidades de ensino superior. Segundo dados do MEC, atualmente 70% das vagas universitárias são não estatais; daí a pretensão do governo de expandir sua rede para voltar a ter maior participação na formação de profissionais.

Apesar da “boa vontade” do governo, muitos estudantes são contra a reforma, alegando que ela fomenta uma competição entre instituições públicas e particulares, as quais terão que lutar por investimento. Enquanto, segundo os grupos manifestantes, os recursos estatais devem ser destinados apenas às universidades públicas. A caravana, que foi organizada pelo DCE-Livre UFSCar, DA de Teatro Unirio, CAHis-UTP, DACom-UFJF, DCE-UFMT, CASS-UFRJ, CACIS E CAP da UFU, também clama pela revogação da lei instituída por Fernando Henrique Cardoso, que dá permissão para as escolas particulares impedirem a matrícula de alunos inadimplentes.

Infelizmente, a participação da Universidade de Brasília foi pequena, e nada se ouvia falar pelos corredores além de um pequeno grupo que divulgava a caravana, o que mostra o desinteresse dos universitários por um tema que os afeta diretamente. Independente da adesão ou não, ou da qualidade do projeto de reforma, é impossível não ouvir os gritos de socorro do sistema universitário que vem mancando há anos.

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