Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quinta-feira, 26 de outubro de 2006

O voto em questão

Lula promete maior investimento na área social
por Ana Luisa Soares e Ânderson Corrêa

Na escala de valores que levam o eleitor a optar por um dos candidatos, os programas de governo devem ocupar posição prioritária. Afinal, eles trazem as linhas e diretivas das ações que podem ser implementadas na próxima gestão. Nesse ponto, a viabilidade dos projetos é o principal quesito julgador.

O programa de governo do candidato Lula, dito “genérico” por Marco Aurélio Garcia, coordenador de sua campanha, tem como carro-chefe a continuidade das obras sociais do Estado. Em relação a 2002, Lula e seus assessores foram mais cautelosos quanto quantização e objetivação das metas. Não há estimativas, números ou caminhos detalhadamente descritos para atingir os resultados previstos.

Além de garantir a ampliação de projetos como a Bolsa Família, Lula promete uma maior inclusão social e combate à pobreza. Quer aumentar a rede pública de saúde e melhorar o atendimento em todo o país. A aprovação da reforma universitária também está prevista.
Na área de segurança pública, a criação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), cujo principal objetivo é aperfeiçoar a comunicação entre as instituições ligadas à contenção da violência, é a maior novidade.

Com os escândalos que chocaram o país, o presidente promete tornar os mecanismos de controle e investigação do Executivo mais rigorosos, buscando maior sintonia com o Judiciário. Já na política econômica, o alvo é a redução continuada da taxa e juros aliada a uma meta de investimento de 25%. Para os fiéis eleitores nortistas e nordestinos, está programada a recriação da SUDAM e da SUDENE para desenvolver as regiões Norte e Nordeste, respectivamente, de forma planejada.

O cientista político da UnB, José Donizeth, considera que a consolidação do eleitorado no eixo Norte-Nordeste e a crescente aceitação no Centro-Sul se deve à aceitação e compreensão do programa de governo e ao êxito das estratégias de campanha. Sobre a transformação da postura do presidente do primeiro para o segundo turno, ele acredita que isso é um fator muito significante no deslocamento de votos de Alckmin para Lula. “O presidente Lula tem conseguido resgatar um pouco do espírito militante que caracterizava o PT do passado”, diz.

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