Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Ultra_Som

por Carolina Martins e Carolina Menkes
fotos: Divulgação/Carolina Martins

“Existem duas versões para explicar o nome da banda. Uma é pra jornalistas, que é como toda banda faz: pega o dicionário, abre e pum! Primeira palavra que aparece fica como o nome da banda. Isso é o que a gente fala porque geralmente eles não querem ouvir a história oficial que é uma homenagem a Revolta do Acaju”.


Móveis tem conquistado o público brasiliense

E foi para homenagear a História do Brasil que há oito anos escolheu-se Móveis Coloniais de Acaju para batizar a banda daqueles adolescentes de 15 anos que estavam a fim de se divertir. “Naquele esquema de Brasília mesmo, você não tem nada pra fazer então vai formar uma banda”, explica Fábio Pedroza, baixista do Móveis desde 1999.

No início a banda tocava mais hardcore e ska. “A gente fazia showzinho em qualquer lugar, buraco mesmo, com bandinhas de tudo quanto é estilo. Uma coisa que a gente sempre procurou era diversificar o público”, relembra Pedroza. Com o tempo, o estilo foi mudando, amadurecendo e cada integrante que chegava trazia sua influência, novos sons e novos arranjos. Hoje, Móveis Coloniais de Acaju tem nada menos que dez integrantes e é conhecido principalmente pela mistura de ritmos, por suas letras despojadas e pela performance no palco, sempre marcada pela animação.

O que começou como brincadeira foi ficando sério e em 2000, pela primeira vez no Porão do Rock, a banda alcançou enorme visibilidade no cenário candango. Foi nesse ano também que a formação atual se consolidou e dos dez integrantes, apenas três permaneceram da concepção original. Fábio acredita que nessa época começou uma transição, quando gravaram o primeiro EP e decidiram se profissionalizar. “Independente do que a gente fosse fazer, se fosse amador, se fosse um hobby, a gente ia fazer de forma séria e dedicada”.


Pedroza:"Não é qualquer banda que consegue se segurar com 10 pessoas durante oito anos".

E deu certo. De lá pra cá a banda foi crescendo cada vez mais. Com 16 pessoas na equipe, a agenda de shows é marcada com até quatro meses de antecedência e os ensaios acontecem no mínimo duas vezes por semana. Como ainda não dá pra viver só da música, todos trabalham. “Eu acho que a maior dificuldade é conciliar a vida fora da banda com a vida na banda”, afirma Fabio. Mas apesar das dificuldades, há alguns anos o conjunto já se auto-sustenta e recentemente gravaram o primeiro clipe. O vídeo da música “Seria o Rolex?”, foi feito em 16 mm e de maneira totalmente independente. Receberam apoio apenas na locação e no figurino para as filmagens. “É bem difícil. A gente deu muita sorte de encontrar um pessoal muito bom. E toda a equipe trabalhou, acreditou no projeto. Fizemos uma grande parceria”.

Quanto à composição das letras, cada música tem uma história própria. A maioria das idéias vem de Léo Bursztyn (guitarrista) e Beto Mejía (flauta transversal), mas os arranjos são feitos em conjunto. “Aí é um parto. Complicadíssimo”, brinca Fábio. Sobre as dificuldades de união em uma banda tão grande, o “segredo”, segundo Fabio, é ter um objetivo em comum, no caso, a banda. “Todas as relações humanas são difíceis, mas a gente consegue superar. Somos um grupo muito legal, as pessoas são muito unidas”.

Com público cativo em Brasília, a banda agora começa a se inserir no circuito nacional e tem se apresentado por todo o país. Quem já curte o som do Móveis ou quer conhecer o trabalho deles não pode deixar de conferir o show que vai acontecer neste domingo, dia 24, as 17h na área externa do CCBB. A entrada é gratuita. Além da banda, Gabriel Thomas, do extinto Little Quail e líder do Autoramas, será o convidado especial.

2 comentários:

Anônimo disse...

Têm conquistado não só o público brasiliense, como também vários fãs durante a turnê pelo Nordeste, Sudeste...
São lindos, competentes, divertidos, atenciosos.
Sou só elogios pra eles, assim como todos os fãs que eles arrebataram durante esses anos de trabalho e diversão.

Agora, é só esperar o clipe...

=D


(Little Quail era uma banda com músicas divertidas também...
"1, 2, 3, 4!
1, 2, 3, 4!...
Não tem 5! ( Não tem 5!)
Não tem 6! (Não tem 6!)
Parou no 4!"

Anônimo disse...

era em off!! heheheh
valeu galera!! adorei a materia!!
abraços!
fabio