Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Espiral do Barulho (ou algo do gênero)

por Diogo Alcântara e Carolina Menkes
foto de João Gabriel - Assessoria/Intercom

A palestra "Eleições, Cobertura Jornalística e Pesquisa de Opinião"

As palestras do Intercom tiveram início hoje, espalhadas pelos diversos anfiteatros e salas da UnB. No Anfiteatro 5, às 9h, “Eleições, Cobertura Jornalística e Pesquisa de Opinião” recebeu destaque ao ter como tema principal a questão da pesquisa, não só no jornalismo, como em todas as áreas.

Um dos palestrantes, o jornalista Renato Riella, constatou que a vida de todos é diariamente decida pela pesquisa. Segundo ele, é preciso que haja uma construção sobre como enquadrar melhor as pesquisas eleitorais. Também enfatiza a manipulação das pesquisas e, conseqüentemente, das eleições. “Vocês precisam ter senso crítico sobre a pesquisa, senão serão manipulados pelos resultados artificiais”, afirma.

O vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do DF, Antônio Carlos Queiroz, concorda com Riella sobre a importância das pesquisas e sua manipulação perante a vida nacional. Falou da centralidade da mídia e sua influência na política nacional. “Estamos em situação de ditadura da mídia em que é preciso ser crítico mesmo”, disse. Também abordou o conceito de opinião pública, muito distorcido pelas pesquisas e afirma ser preciso “dessacralizar” as pesquisas de opinião.

Já para o palestrante Elimar Pinheiro, da UnB, as pesquisas são mercadorias, que não podem ser consideradas um dado científico. “É um elemento de manipulação enorme. A melhor coisa pra decidir errado e dar informação errada”, diz ele, em concordância com os outros.

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