Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


segunda-feira, 2 de abril de 2007

Crime na UnB

Programa fecha o cerco ao racismo na UnB

Fórum de discussões e disque-denúncia são as principais ações
por Leonardo de Almeida

Ocorreu hoje a primeira reunião do Programa Institucional de Combate ao Racismo e à Xenofobia na UnB. O encontro inicial foi dirigido pela decana de Extensão da UnB, Leila Chalub. Participaram o secretário executivo da Comissão Especial de Direitos Humanos, Ivair Santos; a coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão da Secretaria de Educação, Cidadania e Diversidade (SECAD/MEC), Eliane Cavalleiro; o secretário executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Carlos Moura; representantes do Movimento EnegreSer; professores e alunos da UnB.

O primeiro passo foi estabelecer um Conselho de Ouvidoria. A próxima medida em vista é a criação de um fórum de debates no Moodle (software livre que oferece fóruns e salas de bate-papo nas universidades). O foco será a discussão do racismo institucional no Brasil. Além disso, está em planejamento a implantação de um espaço para a denúncia de atos racistas na UnB.

Para estender o debate à comunidade acadêmica, os participantes do Programa querem promover disciplinas de graduação que abordem o pensamento e a cultura afro-brasileira, o racismo e a xenofobia. O professor do Instituto de Artes Nelson Inocêncio da Silva falou da importância em manter estruturas que dão maior visibilidade ao movimento negro.

A representante do Movimento EnegreSer Ana Flávia Magalhães ficou insatisfeita com a reunião. Ana Flávia, que é jornalista e historiadora, pensa nas dificuldades para estabelecer um debate saudável e honesto dentro da UnB. Segundo ela, é necessário garantir mais espaço do que um fórum no Moodle para assegurar a continuidade da discussão.

Nenhum aluno africano compareceu à reunião. Leila Chalub entendeu a ausência. “A questão agora não é deles, é nossa”. Amanhã, às 14h, os dez alunos africanos que tiveram as portas dos apartamentos incendiadas vão participar de uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), no Senado Federal. A segunda reunião do Programa Institucional de Combate ao Racismo e a Xenofobia está marcada para a próxima quinta feira, 5 de Abril, às 14h.

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