Editorial
No último editorial do ano, talvez seja hora de olhar para nós mesmos. Avaliar o que produzimos ao longo de 2006. Para quem e por que nós continuamos? Nossa tarefa persistirá enquanto soubermos responder. Mas é, principalmente, a hora de ter uma conversa sincera com o leitor. Deixar de lado esse tom cauteloso e distante com os quais se fazem os editoriais.
O blog cresceu; os problemas também. De janeiro a dezembro, dezenas de pessoas compuseram a equipe do Blog do Cacom. Todos eles são culpados pelo formato daquilo que você lê hoje. E atualizar diariamente esta página dá trabalho: levantar pautas, escrever matérias, editá-las, definir o tema do editorial, escrevê-lo, procurar voluntários para o ombudsman, publicar uma foto e um vídeo toda semana, definir a enquete, escrever as colunas...
Tudo isso para que nossos poucos leitores possam, folgadamente, acessar um bom conteúdo com a facilidade que a tecnologia proporciona. Francamente ... nós deveríamos cobrar por isso. Mas tudo bem, fica como está. Temos outras compensações trabalhando para este veículo.
Se produzir material diário para o blog é uma tarefa que fazemos pensando no leitor, há o outro lado: a vontade de lermos a nós mesmos. Conhecermo-nos melhor. Há o convívio com a equipe, que sempre (Ok. Quase sempre) é positivo. E há o apreço pelo registro daquilo que, em última análise, é um espelho de nós mesmos. É acompanhar, na verdade, o que acontece nas nossas próprias vidas. Querido leitor: o Blog do Cacom na verdade é só um diário coletivo, muito bem disfarçado.
Às vezes, uma matéria não é concluída no tempo certo. E aí nós publicamos alguma outra coisa. Nem sempre é algo bem feito. Neste fim de ano, pedimos desculpas pelo conteúdo ruim ao qual o leitor, inadvertidamente, foi sujeito. E, a respeito das vezes em que você se sentiu agradecido ao Blog do Cacom, dizemos : Não tem de que, amigo! A gente tá aqui é pra isso mesmo!
Mas estamos longe do ideal. Sabemos disto e reconhecemos que o leitor tem todo o direito de reclamar. Não tente ser simpático: não deixe que a gente pense que você está gostando de tudo. Cobre, seja chato. Todo dia. Mas, durante o Natal, seja simpático. Aceite nosso sincero abraço.
Reinventar-se: este é o desafio constante de nossa equipe. Nada mais inspirador do que o 25 de dezembro e seu verdadeiro significado, a esperança da renovação. O renascimento.
Feliz Natal! Feliz 2007!
Nenhum comentário:
Postar um comentário