Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


domingo, 19 de novembro de 2006

Entre freiras e boquinha da garrafa

Com mais de 900 ingressos vendidos, a 26ª Realize suas Fantasias foi marcada por um público animado e estrutura organizada
por Felipe Néri
fotos: Ana Elisa Santana

Um Chaves ao som de Cindy Lauper. Uma lutadora de sumô dançando a música dos Rebeldes. Placas de trânsito se movimentando de acordo com as batidas do Black Eyed Peas. Foi esse o tom da 26ª Realize as suas Fantasias.

Promovida pelos calouros de Comunicação Social da UnB, a festa ocorreu na última sexta-feira no Salão da Apcef, no Setor de Clubes Norte. Em clima animado, a balada foi marcada pela descontração de um público que fez questão de comparecer fantasiado, como manda a tradição.

Além dos alunos da FAC, que entram gratuitamente, quase mil pagantes participaram da festa

A banda Watson foi a primeira a subir no palco, por volta das 23h30. Os minutos de atraso se deveram à demora para a montagem dos equipamentos de som e iluminação, que acabaram atrasando a passagem de som. Em seguida, vieram os DJ´s Tuzão e Alex mandando ver em batidas de Funk misturadas com um bom rock e pérolas da música internacional, como Pet Shop Boys. Logo depois foi a vez de Velhos e Usados, que não dispensaram o cabelo grisalho e as roupinhas xadrez.

Entre uma música e outra, muitos conferiram o brechó itinerante Rock Sale, onde podiam ser encontradas roupas, acessórios e CD’s. Já a Smile Tatoo esteve presente para perfurar aqueles que se arriscaram a fazer um piercing. Nos momentos em que a pista de dança esvaziava, a praça de alimentação enchia. Apesar de o cachorro-quente ser o mais pedido, havia até pipoca e churros, como exige um bom circo, tema da festa.

Para a atriz Maria Garcia, fantasiada de garota dos anos 60, a festa estava ótima. “Acompanho a Realize há algum tempo, me lembro até dos cartazes. Mas para mim, esta está sendo a melhor”, afirmou. Queixou-se apenas de um aspecto: “Os preços no bar podiam ser mais baixos”. A estudante de Artes Plásticas Raquel Piantina também não estava em sua primeira Realize, e se empolgou com a sua fantasia entitulada “Chapeleiro Maluco”: “Eu [como chapeleiro maluco] só preciso tomar chá de cogumelo o dia inteiro”.

Depois de mais uma jornada de sons embalados pelos Dj’s Tuzão e Alex, foi a vez da dupla Lucy and the Popsonics se apresentar e “empacotar o coração” dos que se esbaldaram na dança. Mas foi após as 3h30, com as Dj’s Telma e Selma, seguidas do Dj Otávio Chamorro, que o público realmente se empolgou.

Lucy and the Popsonics: mais uma vez, o rock alternativo marcou a festa

Na hora da premiação para melhor fantasia, o aluno de Audiovisual Leonardo Martins ganhou a tatuagem do primeiro lugar com a roupa de criança e o seu imenso pirulito colorido na mão. “Decidi essa roupa de última hora e fui eu mesmo quem pintou a minha camiseta”, ressaltou surpreso com a vitória. Leonardo, no entanto, ainda não sabia o que tatuar e nem em que parte do corpo. O segundo lugar, vestido de “Bonequinho do filme Jogos Mortais”, e o terceiro, uma lutadora de sumô, ganharam um piercing cada um.

Leonardo Martins, com a melhor fantasia: "Foi tudo meio improvisado"

Infelizmente, boa parte das mais de 900 pessoas que compraram o ingresso já não estava mais presente nos momentos de maior agitação. Para o estudante de Direito Ricardo Afonso, vestido de capoeirista, as bandas não estavam de acordo com o gosto do público. “Deveriam [os organizadores] intercalar as atrações de modo a manter o pessoal sempre na pista, como está sendo agora. Nem todas as bandas e Dj´s tocaram o que a galera queria ouvir”, criticou Ricardo. Mas os que se mantiveram até o fim puderam curtir ainda a “Boquinha da Garrafa”, sempre tocada por Chamorro, e a nostálgica “Tieta”, de Luis Caldas. Às 5h15 da manhã, as luzes do salão se acenderam, para a tristeza dos que permaneceram até as duas últimas mais quentes horas da festa. Era hora de ir pra casa e procurar o juízo que muitos fizeram questão de perder.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como assim as luzes ascenderam?

A festa foi boa, mesmo ascendendo :)