Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sábado, 28 de outubro de 2006

Ultra_Som especial

Música Universitária
por Carolina Martins e Carolina Menkes
fotos: Marcelo Brandt

Muitas bandas surgiram na UnB e tiveram forte impulso por meio do Finca – Festival Universitário de Música Candanga - Interno da UnB. Um exemplo é Móveis Coloniais de Acaju, que após vencer o IV festival, cresceu consideravelmente e hoje faz shows por todo o Brasil. Algumas bandas tentam seguir seus passos; outras competem por diversão. Há sete anos o Finca se aperfeiçoa, descontrai os alunos do cansaço das aulas e divulga as bandas participantes.

Este é o segundo Finca do ano, devido à greve que inviabilizou o festival em 2005. Foram 45 bandas representando todos os centros acadêmicos da Universidade. As apresentações duraram duas semanas, de 16 a 26/10, sempre às 12h30, no anfiteatro 9 da UnB.

A Comunicação marcou presença no festival com três bandas, sendo Taís Guerino a representante do Centro Acadêmico. A jovem canta há oito anos e coleciona dez vitórias em festivais. A primeira foi cantando “Primeiros Erros”, em sua primeira apresentação, aos 10 anos. Finalista com a música Hippie em Pirinieus, Taís ganhou o prêmio de melhor intérprete da edição de 2006. “A iniciativa é ótima, e a troca de experiências é o mais legal”, diz Taís a respeito do festival.

Taís foi eleita melhor intérprete em sua estréia no Festival

Outra finalista foi a banda de pop-rock Casa Redonda. O estudante de jornalismo e baixista da banda, Fábio Tito, também elogia a iniciativa: “A gente conhece muita banda nova, é uma ótima oportunidade pra quem tá começando mostrar o seu trabalho”. Mas uma reclamação que ele acredita ser unânime é sobre o estilo das bandas que costumam vencer o festival “O Finca valoriza muito as bandas politizadas, engajadas; e a gente não é nada disso”.

Banda Casa Redonda: Pop Rock com letras românticas

Já a banda Manducabulla, que se apresentou no último dia da competição, não foi selecionada, mas não reclama. “Se a gente vai ser finalista ou não é o de menos”, afirma o vocalista Marcelo Nêneve, estudante de Audiovisual na UnB. Para eles o importante é os 10 minutos em que estão no palco, tocando a própria música. A banda se formou com o objetivo primordial de tocar no Finca passado, e segundo eles, o festival melhorou e está mais organizado desde a sua última edição.

Segundo a organizadora de esporte e cultura, Rosana de Castro, o local, maior reclamação do público, não é mudado devido à opinião contrária das bandas. “É uma hipótese que a gente já levantou há dois anos atrás, mas fomos execrados pelas bandas”. Segundo ela, a idéia era fazer a fase classificatória no Centro Comunitário, mas a alegação das bandas é que no anfiteatro as pessoas vão pra assistir ao show. A partir do momento que se coloca num lugar maior, a banda passa a ser secundária. “Eles entendem que a classificatória é um momento onde as pessoas têm que sentar e a única atração que tem é a banda”, explica a organizadora.

Os jurados escolhidos geralmente são músicos, produtores e professores. Este ano deram o primeiro lugar a Ellen Oléria, representante do CA de Artes Cênicas. As bandas Sanatório Geral e Macunaíma ficaram, respectivamente, em segundo e terceiro lugares. Nesta edição, por falta de apoio financeiro, a premiação em dinheiro foi substituída por violões acústicos para os três primeiros colocados gerais. A banda Altruísta, mais votada pelo júri popular, foi premiada com microfones, assim como a melhor intérprete, Taís Guerino.

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