Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


terça-feira, 24 de outubro de 2006

O voto em questão

Geraldo Alckmin: 30 anos na política
por Bárbara Rosa e Edson Jr.
foto: www.estacaodigitalmedica.com.br


O candidato que chegou ao segundo turno lutando praticamente sozinho em sua campanha apresenta-se como um homem persistente, cauteloso e com muitas propostas para melhorar o país.

Nascido no município paulista de Pindamonhangaba em 1956, Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho demonstrou logo cedo suas intenções de participar do meio político. Aos dezenove anos foi o vereador mais votado de sua cidade. Daí em diante, não saiu mais da vida política. Já foi prefeito, deputado estadual, deputado federal e tornou-se governador do estado de São Paulo em março de 2001 pelo PSDB, partido do qual ainda é membro. Foi autor do projeto do Código de Defesa do Consumidor e do projeto que se converteu na Lei de Benefícios da Previdência Social.

No governo paulista implantou diversos projetos voltados, principalmente, à habitação. Quase dois milhões de famílias com renda entre um e dez salários mínimos foram beneficiadas pelo programa de casas populares em mais de 600 municípios. O candidato à presidência também melhorou a área de transportes, investindo na ampliação e criação de novas linhas do metrô. Com o programa “Escola da Juventude”, alunos de até 24 anos passaram a receber material didático gratuito, uma bolsa mensal de R$ 60,00 e aulas com dinâmica diferenciada dos cursos tradicionais.

Acusado por Lula de estar envolvido na operação-abafa de CPIs durante o governo do PSDB em São Paulo e governo federal, Alckmin garantiu que tal afirmação não passa de uma denúncia vazia. No total, cerca de 60 CPIs não tiveram a instalação concretizada na Assembléia Legislativa paulista; entre elas, as que investigariam ilícitos na Febem.

A privatização do sistema Telebrás gerou muita discussão e dor de cabeça para o candidato. Grampos no BNDES flagraram conversas entre o ministro das Comunicações e um dos dirigentes do Banco do Brasil. Eles articulavam o apoio à Previ, caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado em R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, Fernando Henrique Cardoso, o presidente na época, conseguiu evitar a instalação da CPI.

As revoltas em massa ocorridas nas prisões do Estado e os assassinatos de policiais e agentes carcerários, sem falar nos seqüestros e assassinatos de civis, cometidos pelo PCC no Estado de São Paulo, foram apontados por especialistas como decorrentes de falhas da administração de Alckmin.

Nenhum comentário: