Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Imprensa e Estado na Conjuntura Pós-redemocratização

Figuras de peso comparecem ao Intercom e lotam chão de anfiteatro
por Carolina Menkes

Ontem a primeira tarde de palestras do Intercom começou lotada no Anfiteatro 19, na palestra “Imprensa e Estado na Conjuntura Pós-redemocratização”. E não era por menos. Sob a coordenação de Sinval Leão, editor e diretor-responsável da revista Imprensa, o local ainda contou com a presença da professora Raquel Paiva (UFRJ), do professor de filosofia da Unicamp Roberto Romano e do jornalista veterano Ricardo Kotscho. O jornalista Heródoto Barbeiro não pôde comparecer.

Em seu discurso de abertura, Kotscho, que lançou recentemente seu livro Do Golpe ao Planalto – Uma vida de repórter, citou a indiferenciação cada vez maior dos veículos midiáticos e das novas mídias. “Não faço como os que anunciam o fim da mídia impressa. Todas as formas de transmissão de informações sobreviverão”, afirmou. Para ele é preciso que o bom jornalista saia da redação e bote o pé na estrada; volte a fazer reportagens como antigamente.

Já Roberto Romano tratou especialmente da questão do medo, sentimento que permeia todas as representações dos seres humanos. Também tratou da manipulação das imagens no dia-a-dia, assim como da necessidade do ser humano de ver monstruosidades. “O jornalista vai trabalhar com a verdade ou com representações do verdadeiro já presentes no mundo real”, disse Romano. A paixão no jornalista foi outro tema abordado por ambos palestrantes, assim como do idealismo na profissão. “Não é se você escreve bem ou mal. É questão de honestidade”, considerou Kotscho, ao falar das virtudes do bom jornalista.

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