Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sábado, 9 de setembro de 2006

Entre pesquisas e amizades

Local de convivência intensa, Intercom 2006 propicia momentos de interação entre congressistas
por Adriana Caitano e Fabiula Vasconcelos

Em um evento como o Intercom 2006, onde milhares de pessoas unem-se por um interesse em comum, não é difícil estabelecerem-se relações, no mínimo, profissionais entre os participantes. Mas em certos casos, esses encontros estão além da troca de experiências acadêmicas.

O professor Luiz Gonzaga Motta, da Universidade de Brasília, aproveitou sua posição de anfitrião e hospedou uma amiga de Portugal em sua casa. "Aqui, passamos do contato profissional, do conhecimento acadêmico, para criar laços de amizade", afirmou o professor enquanto guiava um grupo de pesquisadores de outros estados pela universidade.

Marília Milhomem, aluna de graduação da Universidade Católica de Brasília, cedeu um espaço de sua casa para as congressistas de Governador Valadares, Jaqueline Rocha Lima, que conheceu em outro congresso, e Luana Teixeira. "É muito interessante conhecer o estilo de jornalismo de outros estados e em quê cada faculdade investe mais", ressaltou Luana. O motivo de tanta integração, Marília traz na ponta da língua. "Todo mundo fica suscetível a se comunicar", acredita.

Como um ambiente híbrido, o congresso aglomera também diferenciações culturais. "A gente estuda a mesma coisa, mas cada lugar age e pensa de um jeito", lembra a estudante Gabriela Saran, de Araçatuba, São Paulo. Sua colega, Dayane Viana, promete manter contato com diversas pessoas que conheceu no evento. "Acredito que posso levar muitas amizades daqui", garante. "Trocamos experiências não só na nossa área, mas também de culturas, para a vida toda", resume Carlos Eduardo Furlaneti, da mesma cidade.

No intervalo das palestras, um grupo de estudantes da Universidade Potiguar, de Natal, divertia-se com as gírias dos jovens de outros estados. "Uma palavra que aqui é uma coisa ruim, na nossa cidade tem um sentido completamente diferente", diziam os amigos Raissa Tavares, Giselle Holanda, Mariana Lemos, Rafael Brasil e Thiago Butzske.

No congresso, as pessoas aproveitam para conhecer gente nova e fazer amigos, e às vezes o que era apenas amizade vira algo mais. Quando o sentimento é muito forte, começa o chamado "namoro de Intercom". Há quem acredite que o fim do Intercom 2006 não influencie o fim do relacionamento. A baiana Jamile Barbosa, por exemplo, está apaixonada por um mineiro e acredita que o namoro à distância pode dar certo.

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