Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sábado, 16 de setembro de 2006

Dia do Leitor

Cuidado com o que você lê, com o que você come
por Bruno Henrique

A imprensa anunciou no ínicio do último mês a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que obriga as indústrias alimentícias a fornecer numa nova tabela nutricional a quantidade de gordura trans - a mais prejudicial ao organismo - presente em cada alimento. No final do mesmo mês, um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, anunciaram a chamada carga glicêmica, um índice que avalia as alterações de glicose no sangue.

Em apenas um mês, duas sensíveis alterações nos hábitos alimentares da população puderam ser observadas. Nota-se uma atenção maior na hora de comprar alimentos: os consumidores estão de olho na quantidade de gordura trans que ingerem ou não querem ingerir. Os fabricantes também estão atentos, pois estampam frases como "isento de gordura trans" ou "0% gordura trans". Algumas pessoas buscaram o açúcar mascavo como alternativa ao açúcar refinado e espantaram-se ao descobrir que alimentos até então considerados saudáveis podem ter contribuição nas conseqüências de maus hábitos alimentares.

As descobertas e as novas pesquisas são sempre ilustradas com gráficos e grandes números estatísticos para garantir a veracidade das informações. As gravuras, quando existem, também contribuem para o impacto causado no sentido de o leitor se lembrar dos alimentos habitualmente ingeridos sem problemas, mas que passam a ser um vilão depois da nova reportagem.

Quando se diz o que faz bem e o que não faz, fica o questionamento do "até quando?", como foi o caso do café, hoje tido como bom para prevenção de algumas doenças devido aos antioxidantes presentes, um dos principais agentes protetores contra os radicais livres, que são responsáveis dentre outras coisas pelo envelhecimento precoce. E então, qual será a notícia de impacto desse mês? Teremos alguma novidade para mudar nossos hábitos alimentares? Vamos aguardar o próximo alerta para a nossa saúde!


Bruno Henrique é estudante do primeiro semestre de Jornalismo no IESB.

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