Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sábado, 19 de agosto de 2006

Dia do leitor

por Adriana Maria

O seguinte texto é baseado no livro O Velho e o Mar de Ernest Hemingway.

A história de uma luta entre o velho e o mar. Entre um pescador e um espadatim.

Santiago, velho experiente pescador.

Depois de 84 dias sem ver nem ter seus anzóis puxados por qual bicho que fosse, os pescadores da aldeia, seus amigos, atribuíram o fato à má sorte.

Saiu em busca de um peixe grande e foi até a um naco de oceano em que se via a costa miúda e até onde nenhuma outra canoa se atrevia a navegar.

Uma das linhas de suas varas acusou que o anzol cheio de sardinhas servira como isca.

Santiago apalpou a linha e detectou que era um dos grandes.

Aguardou até que o peixe se cansasse.

À medida que se afastava, o velho lhe dava linha, lhe chamava de irmão.

Quando notou a linha mais inclinada em relação à superfície do mar, concluiu que o peixe se enfadava e aos poucos vinha à tona.

O peixe passou a andar em círculos em torno do barco, como já previsto por Santiago, anunciando sua morte desejável para ganhar dinheiro com seus quilos de carne e para servir de prova à sua vocação de bom pescador.

Com dois arremessos fortes, cravejou o arpão no coração do espadatim.

Santiago calculou que o peixe era maior que a canoa.

O peixe tombou de lado e espalho seu vermelho pelo oceano escuro e preto.

Tendo amarrado o peixe ao barco, Santiago, qual cachorro treinado, farejou no vento a direção que deveria tomar.

À noitinha, depois de três dias no mar, avistou as primeiras luzes do porto.

Chegava mais cansado do que triste pelo fato de vir presa em sua canoa uma carcaça enorme, resultado da investida dos tubarões.

Foi para a cama dormir.

De manhã, a carcaça encheu os pescadores de admiração.


Adriana Maria é estudante do 5º semestre de jornalismo da UnB

Um comentário:

Anônimo disse...

parabéns à Adriana.
adorei esse texto