Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quinta-feira, 13 de julho de 2006

O fantasma da insegurança ronda a UnB

Técnicos em segurança e comunidade geral discutem medidas de segurança na Universidade de Brasília
por Cristiano Zaia

“A segurança no Brasil é caso de polícia”. Certamente você já ouviu essa frase antes. E é justamente por ser compromisso constitucional, que a segurança pública vem merecendo espaço cada vez maior, não só em palestras e debates, como também nos estacionamentos, minhocão, Institutos e toda a extensão da UnB. Com o intuito de buscar sugestões e melhorias no setor, aconteceu ontem, no Auditório 2 da Faculdade de Saúde (FS), a segunda Reunião do Conselho Comunitário de Segurança. Uma iniciativa da diretoria de Segurança da Prefeitura, juntamente com a Reitoria e o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC).

Estiveram presentes o Decano de Assuntos Comunitários Reynaldo Tarelho, o Diretor de Segurança da Prefeitura Wiglisson Medeiros, o Doutor Delegado da Polícia Civil do DF (PCDF)Ricardo Nogueira, o Delegado da 2ªDP da PCDF Marcelo Porteler, a Major da PM Vanuze, professores, funcionários e demais autoridades em segurança. O Reitor Timothy Mulholland também marcou breve presença. Coube a ele a entrega de um prêmio a dois vigias, Eustáquio e Braga, único presente, pela honestidade demonstrada ao devolver uma pasta contendo três minicâmeras e um note book aos donos. Os objetos pertenciam ao Ministério da Integração Nacional e foram encontrados nas mediações da via L3, após tentativa de assalto. Segundo o Reitor, a iniciativa do congraçamento já faz parte das homenagens concedidas a personagens importantes da UnB.

O tema de discussão girou em torno de roubos e furtos de interiores de veículos na Universidade, além de outros assuntos de segurança. De acordo com o Doutor Ricardo, no último mês de junho foram roubados 15 carros, 12 a mais que no mês anterior. As principais incidências são, em ordem de ocorrência, o roubo de veículos parados, em movimento e em semáforos. Realmente, o aumento da subtração de veículos é algo que preocupa. Segundo o delegado, existe até a surpreendente constatação de que os bandidos retiram o miolo da fechadura dos tanques de gasolina para copiar a chave. Ele também frisou a necessidade de trabalhos educativos na área. “As situações poderiam ser evitadas se existisse uma ação preventiva”, disse.

As exigências imediatas incluem a melhoria da iluminação de todo o Campus e a instalação de câmeras nos estacionamento. Também houve a sugestão de guaritas, placas e enumeração de filas nos estacionamentos e o mapeamento dirigido nos locais de maior incidência de delitos. Contudo, “a maioria das pessoas não registram ocorrência, não acreditam na segurança”, afirma Evanir Bispo, chefe de Segurança. O atual policiamento da UnB conta com uma viatura, duas motos para cada período do dia e policiais à pé.

Por toda a UnB pode-se ver cartazes amarelos com os telefones de urgência. No entanto, muitas ocorrências deixam de ser feitas. Em tempos de incrível insegurança nas ruas, debates como esse se fazem fundamentais. Afinal de contas, a segurança também é questão de cidadania.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu fui estuprada na UnB em junho de 2006. Não houve esse tipo de discussão nessa reunião do Conselho de Segurança? Que país é esse? Brasília é mesmo a capital desse país ridículo? Fui estuprada, desisti do meu curso e voltei à minha cidade. Mas a impunidade continua, assim como a injustiça.

Anônimo disse...

E o pior: a UnB não fez exatamente nada por mim. Só sofri diversos tipos de humilhação. Que lixo que chamam de universidade!