Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quarta-feira, 14 de junho de 2006

Coluna - Futebol

Estrela de-cadente
Quanto maior o peso, maior a queda

por Vitor Matos


Não, leitor, eu não sou profeta. Não jogo búzios, não falo com os elfos, não leio o futuro na borra do chá. Longe disso. Apenas reúno dados e os interpreto de modo a traçar projeções. Talvez alguém, dentre meus 10 fiéis leitores, tenha guardado as crônicas sobre futebol publicadas nesse espaço a partir do mês de março. Verificará que, desde então, este humilde analista do esporte tem alertado sobre a decadência do ex-centroavante Ronaldo Luís Nazário de Lima.


Não eram comentários irresponsáveis ou fanfarrões. Eles vinham respaldados por 4 temporadas no Real Madrid em que o “Fenômeno” mostrou inoperância e desânimo jogo após jogo. Mas toda a imprensa e o público acreditava que, a exemplo de 2002, Ronaldo daria a volta por cima. “Ele está mal agora, mas em Copa é decisivo”, era o argumento dos pró-Fenômeno. Como um aluno que tira nota negativa no simulado consegue obter alta pontuação no vestibular?


Depois da partida contra a Croácia, nessa terça-feira, parece que as pessoas começam a abrir os olhos. Ronaldo não só passou longe das expectativas otimistas de seus defensores, como ainda prejudicou o ataque da Seleção. Saiu de campo vaiado pelos 75 mil torcedores que lotavam o Olímpico de Berlim. Enquanto sua cilíndrica figura deixava o campo, humilhada e achincalhada, ao fundo, via-se uma placa publicitária da seguinte marca: “avaya”. Sugestivo.


Precisava a situação ter chegado a tal ponto? Não, amigos. Se Ronaldo tivesse um pouco só de autocrítica, ele mesmo reconheceria que não agüenta mais uma competição do nível da Copa do Mundo. Se ele fosse um dedinho menos soberbo, pararia de tentar jogadas que sua atual técnica não comporta, e passaria a executar lances mais fáceis, diminuindo o número de bisonhices que protagoniza.


Não fosse o Ronaldo tão egoísta e vaidoso, cederia seu lugar no time porque se ele não ceder ninguém tem coragem de botá-lo no banco e desistiria dessa obsessão tola que é a busca do recorde de maior artilheiro da história das Copas. Desistiria também de tentar “calar a boca” daqueles que o criticam. Enquanto Ronaldo luta para satisfazer suas ambições meramente pessoais, a Seleção brasileira, que tem potencial para ganhar brilhantemente esta Copa, patina em campo. E mais, o próprio Ronaldo perde com sua teimosia. Ele passou da condição de ídolo incontestável da nação para figurar agora como um estorvo, um entrave ao bom futebol do time de Parreira. Quem diria........ Eu disse!


P.S.: Hoje, mais do que nunca: Robinho neles!

5 comentários:

Anônimo disse...

Apenas uma correção: é borra de café que se lê, não borra de chá.
E quem te garante que vc tem 10 leitores (ou mais, ou menos)?

Anônimo disse...

Eu sou uma.
A única coisa boa desse blog é a coluna sobre futebol.

Parabéns.

Anônimo disse...

11 agora

Anônimo disse...

12 !!!

Anônimo disse...

Vc não deveria generalizar tanto, anônima. A coluna de futebol é realmente muito boa, mas não é a única. O blog tem tido boas matérias.