Notas Expressas

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(atualizado em 20 de outubro de 2007)


segunda-feira, 6 de março de 2006

Roriz para presidente?

A 7 meses das eleições, pré- candidaturas começam a se definir: grupo pretende lançar Joaquim Roriz à presidência; o governador se mostra indeciso
texto e foto de Gabriel Castro

Faixa no Núcleo Bandeirante: apoio ao governador

Aproximando-se do fim de seu segundo mandato consecutivo, Joaquim Roriz não pode mais tentar a reeleição. Depois de ser quatro vezes governador do DF, já até cogitou candidatar-se ao governo de Goiás ou mesmo abandonar de vez a política. Porém, recentemente, Roriz passou a admitir estar dividido entre duas hipóteses: candidatar-se ao Senado ou disputar a eleição para a Presidência. Neste caso, o governador precisa, até o fim de março (como exige a legislação eleitoral), deixar o Palácio do Buriti para dedicar-se ao seu futuro político.

Se Roriz parece ainda indeciso, parte de seus apoiadores pretende empurrá-lo ao cargo mais alto da nação: o senador Paulo Otávio (PFL), um dos pré-candidatos à sucessão de Roriz, defendeu no plenário a candidatura do governador ao Planalto: “Em Brasília, em muitas das manifestações a que tenho assistido, o povo já começa a gritar ‘Roriz Presidente’. Sem dúvida, ele é um dos nomes mais fortes do PMDB”. Já no Núcleo Bandeirante há várias faixas incentivando a candidatura do governador para a presidência. Em uma delas, lê-se: “O Núcleo Bandeirante dá o primeiro passo, aclamando: queremos Roriz, presidente do Brasil”. Segundo a Assessoria de Comunicação da Administração do Núcleo Bandeirante, foi o próprio administrador, José Ronaldo Persiano, que, apoiado por associações de moradores, tomou a iniciativa de colocar as faixas em apoio à candidatura de Roriz à presidência.

Mas além da indecisão do governador, um problema muito maior pode frustrar o sonho de Persiano: o governador do DF não tem apoio significativo fora de seu reduto eleitoral. No PMDB, partido de Roriz, as movimentações até agora indicam que a disputa pelo nome do candidato do partido à Presidência será dividida entre Antony Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro, e Germano Rigotto, governador do Rio Grande do Sul. Roriz não parece ter espaço nesta disputa. Além disso, não é certo que o partido lance candidato próprio à presidência: há uma corrente que defende um apoio à candidatura do PT. Joaquim Roriz já declarou ser contrário a essa proximidade.

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