Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Servidores

Texto retirado do endereço: http://www.unb.br/acs/unbagencia/ag1105-09.htm

De volta às negociações
Como a maioria das universidades não aderiu à suspensão da greve,os servidores da UnB vão continuar sem trabalhar
Luana Esteves - Estagiária da Assessoria de Comunicação

Apesar de terem decidido pelo fim da greve na quinta-feira, 3 de novembro, os servidores da Universidade de Brasília (UnB) vão ter de esperar para voltar ao trabalho. Apenas 15 das 36 instituições de ensino superior consultadas aceitaram a deliberação do Comando Nacional de Greve (CNG) pelo fim da paralisação. Com o resultado, as negociações terão de ser retomadas praticamente do início.

Para o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Técnico Admnistrativos da UnB (Sintfub), Cosmo José Balbino, a proposta do governo estava longe de ser a ideal para a categoria – cerca de R$ 800 milhões, segundo ele – mas abria a possibilidade de uma negociação mais direta para pendências como a incorporação de vencimentos básicos complementares (VBC) e o reajuste do tíquete alimentação. "Seguimos a vontade da maioria, mas agora as coisas serão mais complicadas", diz Balbino.

A proposta inicial do Ministério da Educação (MEC) era de R$ 320 milhões para implantação da segunda etapa do plano de carreira e ainda outros R$ 100 milhões para incorporação de VBC. Mas, com a primeira recusa dos servidores, esses valores caíram para R$ 250 milhões. Balbino vê a redução da proposta como "uma espécie de castigo" imposto pelo governo.

Para o secretário-executivo do MEC e coordenador direto das negociações, Ronaldo Teixeira, a dificuldade de entrar em acordo com os servidores tem acontecido porque a categoria está dividida. "Eles parecem não ter claro o rumo que querem seguir". Teixeira diz que o "ideal" de R$ 800 milhões é algo incoerente com a realidade. "Todos nós trabalhamos com ideais, um exemplo disso é que estamos tentando melhorar a qualidade das universidades e abrimos seis mil novas vagas para professores", explica.

ELEIÇÕES INTERNAS – A manutenção da greve não alterou o calendário das eleições do Sintfub, previstas para os dias 8 e 9 de dezembro. As inscrições para a disputa da liderança do sindicato foram encerradas nesta terça-feira, 8 de novembro, e três chapas ficaram definidas: a Chapa 1, ligada ao Partido Social do Trabalhadores Unificados (PSTU), a Chapa 2, ligada ao Partido Socialismo e Liberdade (Psol), da senadora Heloísa Helena, e a Chapa 3 da atual diretoria, que agrega forças políticas de vários partidos.

Na próxima quinta-feira, 10 de novembro, uma nova assembléia com os servidores será realizada para acompanhar o posicionamento das universidades diante da proposta apresentada pelo governo. Como a suspensão da greve continua condicionada à decisão da maioria, não há previsão para a volta ao trabalho.

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