Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Demanda de espaço físico na FAC
Sob convite do professor David Renault, o reitor e o diretor do Ceplan fizeram uma visita à Faculdade
Texto e foto por Edson Jr.



Hoje pela manhã, Timothy Mulholland, reitor da Universidade de Brasília, junto com o arquiteto Alberto Faria, diretor do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer, acompanharam os diretores da Faculdade de Comunicação (FAC) David Renault e Nélia Del Bianco por uma visita pelas áreas da FAC. O motivo era levar ao conhecimento da reitoria e também do Ceplan as necessidades da Faculdade no que diz respeito a espaço físico.

A obra requerida pela FAC inclui a apropriação da área hoje ocupada pelo Cespe (almoxarifado ao lado do Auditório) e construção do mezanino, que gerará o dobro de espaço para o segundo piso da Faculdade.

A reforma, defendida pelo diretor da FAC desde o início de sua gestão, deve exigir cerca de 60 dias para execução. Mas, antes disso, tem de se esperar a inclusão dessa verba no orçamento da União. Assim a época provável para concretização da obra é a partir de agosto do ano que vem. “Estou confiante, a FAC vai dar um salto significativo com essa reforma”, declarou o reitor.

Assim como toda grande conquista exige um sacrifício, a reforma da Faculdade deverá inviabilizar a utilização da área por um tempo. Para a obra do mezanino, por exemplo, terá que ser retirada toda a estrutura das salas do primeiro piso hoje existentes; por outro lado, Alberto Faria ressalta as vantagens além do ganho de espaço físico: "poderão ser mudadas as divisórias, luminárias e o cabeamento também", afirma o arquiteto.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Futebol!

O mito

Por Vítor Matos


Alguns de meus amigos – seres da mais nobre estirpe, aliás – já deram a entender, em mais de uma oportunidade, que eu perco a razoabilidade quando falo do FLAMENGO. Fundamentados em quê, não sei. Perder a compostura, deixar-me levar pela exaltação, sucumbir às paixões - francamente! São deslizes, comuns e perdoáveis em todo ser humano, naturalmente, mas que eu não me reservo o direito de gozar, não nas minhas frias análises. Antes de tudo, há aqui alguém que cultivou um pacto de confiabilidade junto ao leitor e que pretende mantê-lo até o fim.

Mas, insistem os rapazes, eu realmente me descontrolo e deveria evitar escrever sobre o FLAMENGO. Suponha que eu concorde com o descalabro. Falaria sobre o quê nesta quarta, então? O futebol feminino? Não vá pensar o leitor que se trata aqui de um machista ostrogodo, por favor, só que futebol feminino, aqui nesse espaço, não. Pelo mesmo motivo que esta coluna também nunca vai falar sobre tênis, basquete, ginástica olímpica ou novela: aqui se discute a vida, e tão somente os temas que nela interferem diretamente.

O que nos leva, sem margens de erro, a uma reduzida nuvem de assuntos: futebol, condições climáticas e pirataria. Gostaria o leitor de ler sobre a recém-chegada Primavera, as cigarras, o pólen que voa, o perfume nos prados, os casais que se enamoram? Aposto que sim, mas deixemos a estação ganhar corpo para então discorrermos acerca. E seria igualmente interessante conversar sobre as maravilhas da vida pirata, o vento, o sol, o mar, as canções, a aventura? Não resta dúvida. Mas falar da velha pirataria faz lembrar que ela está extinta há uns bons dois séculos, e hoje não é dia de tristezas. Só nos sobra o futebol.
E dentro do espectro futebol, me perdoem os amigos, não há do que falar senão do FLAMENGO. Observando, no site da CBF, os maiores públicos do Campeonato Brasileiro de 2007, descobri que o FLAMENGO está presente em nada menos do que nas cinco primeiras posições. Isso porque o time, há mais de uma década, só o que faz na competição nacional é brigar para não ser rebaixado. E amanhã, contra o líder São Paulo, a previsão é de Maracanã novamente lotado de almas rubro-negras flamejantes. Deus, isso há muito tempo já transcendeu a condição de time de futebol para ir ocupar, ao lado de gigantes como o Papai Noel e a Guerra de Tróia, a condição de mito sagrado da humanidade.(Me acusam de parcialidade. Jamais. Que culpa tenho se trato de fenômenos absurdos?)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Futebol!

Uma quarta-feira nunca é igual a outra

Por Vítor Matos

(A confecção desta coluna foi adiada até a madrugada, na esperança de que algum avião fosse lançado contra um prediozinho que fosse. Nada. Outro 11 de setembro que passa em brancas nuvens.)

Boa noite, amigo leitor. A essa altura do relógio, não posso me dirigir a mais ninguém, a não ser você. Há também os morcegos que voam pela minha cela, mas estes não se interessam em nada que não seja beliscar os frutos da jaqueira, experimentalmente cultivada ao pé da cama. Portanto, estou tão solitário quanto se pode estar numa madrugada abafada às vésperas do apocalipse (porque se o calor que está fazendo não for prenúncio do fim dos tempos, não sei mais o que pode ser) . O sono não vem. Conversemos.

Observando essas duas ímpares criaturas – os morcegos e as jacas – concluí que a Natureza reservou sua benevolência para apenas uns poucos privilegiados. (O que vai ser dito aqui é mais fácil de constatar do que de explicar, mas tem uma pertinência para a filosofia humana absolutamente indispensável). Pois bem, morcegos e jacas, dizíamos. É impressionante como alguns entes possuem uma espécie de brilho próprio constante, adquirido de forma inata, quase como um dom. Não importa o que eles dizem – se tropeçam nas palavras, se declamam poesia, se não dão um pio - ; não importam suas atitudes, pueris ou inspiradoras; não importa se nos maltratam. Parece que têm sempre uma luz, uma brisa, uma trilha sonora a seu serviço, lhes conferindo graça. Os morcegos da minha cela são encantadores até quando acordam. (De cabeça pra baixo)

Assim também é a quarta-feira, o dia mais charmoso da semana útil. É o domingo sem missa. Qual seria a razão de tanta pompa? No domingo sabe-se que Deus descansou; no sábado, fez a mulher. O que teria feito ELE na quarta? O Obina? As barras de cereal?

O fato é que quartas-feiras são dias diferenciados. Logo ao acordar, o espírito já se encontra em estado de leveza incomum. O canto habitual dos pardais é substituído pela ária de invisíveis rouxinóis, a névoa de ar seco no céu – oh, que grata surpresa! – revela-se como a mais escocesa das brumas das charnecas. E, ao longo de todo o dia, basta ligar a TV para ser agraciado com uma partida de futebol. Europa, América Latina, Massachusetts (especialmente hoje). Quarta-feira é o Dia Mundial da Bola em Campo.

Logo mais tem Brasil e México, em Boston. Todos estão convidados para assistir o jogo lá no Sapão. Pizzas são uma possibilidade.

E, se tamanha proeza fosse possível, hoje é uma quarta ainda mais emocionante que as demais. Ou não é verdade que teremos briga de foice no Senado? Ou não é verdade que Vossas Excelências vão conspirar, trair, dissimular? Isso sem falar na hipótese de que, ao final do dia, podemos ter carne nova jogada aos leões. Muito se fala que uma eventual absolvição do Renan Calheiros, o senador do gado, mancharia de lama o Senado, a Nação. Pode ser. A quarta-feira, no entanto, salvaria-se incólume, majestosa como sempre. Assim como os morcegos da minha cela, não importa os dejetos que ela produza.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Futebol!

O amor é cego
(alguém já o disse)

Vítor Matos

Esses sentimentos extremos (que os cânones, menos eufemistas, se acostumaram a chamar de fanatismo) remetem aos nossos instintos mais irracionais, selvagens e primitivos – mas são o que de melhor a raça humana pode produzir em matéria de poesia.

Deixemos de lado o politicamente correto, as lições da professora ou a arenga do padre:

Quer coisa mais tocante do que o patriotismo levado às últimas fronteiras? Centenas de soldados, todos esfarrapados e famintos, longe dos familiares há meses e provavelmente para sempre, encurralados pelo inimigo e à beira da morte. Nem por isso fogem. Pelo contrário, eles vão lutar como loucos. Já não brigam pela vida ou para reaver os entes queridos. Derramarão seu sangue pela glória da pátria. E cavalos, e flechas pra todo lado, e violoncelos ao fundo.

Na mesma linha de raciocínio encaixam-se exemplos como os homens-bomba, os casais apaixonados e os fãs do Elvis. O amor lhes embaralha a razão.

Com o torcedor brasileiro não é diferente. Mas nesse caso a devoção e o fanatismo são ainda mais surpreendentes. O futebol praticado aqui no país nunca foi tão pobre e de tão baixo nível técnico. Não há estrelas, nem craques, nem mesmo jogadores medianos; tampouco times decentes. Os estádios continuam desconfortáveis e entregue às traças, as brigas entre torcedores ainda fazem um número sério de vítimas e as chances de ser assaltado nas cercanias do campo de jogo nunca foram tão concretas. Com tudo isso, o insano do torcedor brasileiro ainda lota as arquibancadas.

A média de público do atual Campeonato Brasileiro é a maior desde que foi implementado o sistema de pontos corridos, em 2003. Aproximadamente 14 mil heróis comparecem aos estádios por partida. E hoje à noite, para Flamengo e Botafogo, a previsão é de Maracanã apinhado, com 80 mil almas flamejantes, numa densidade demográfica de fazer inveja à Bangladesh.

Isso sem falar no Bahia que, em plena série C do Brasileirão, tem a melhor média de público de todos os times do país.

A ligação do brasileiro com o futebol é um fenômeno que não nos cumpre entender, apenas admirar.

P.S: Falando em amor cego, Obina será condecorado com o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro nesta quarta-feira. Sobre esse ícone do nosso folclore, falaremos depois, porque desconfio que ele ainda tem uma longa estrada pela frente. (esta coluna também é publicada em “www.ofuror.blogspot.com”)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Futebol!

Por Vítor Matos

Meu pessimismo anda assanhado, sorrindo pras quatro paredes. Não sou eu quem o encorajo, palavra. A culpa é do Universo. Existem leis cósmicas contra as quais é inútil brigar. A efemeridade das alegrias é a mais forte delas.

Alegria de pobre dura pouco – assim a sabedoria popular eternizou o fatalismo universal. Não há nada mais certo na vida. A bonança é um mero interlúdio entre tempestades. Temos algum direito de reclamar? Não. Já no bico da cegonha a vida faz questão de apresentar as cláusulas do contrato: garantia, só de tristezas; compromisso com a felicidade, nenhum.

Problema de quem não leu as letras miúdas.

A torcida do Botafogo ousou acreditar que a sorte lhe sorria. Chegou a cogitar o título do Campeonato Brasileiro – oh, a ilusão! Por que as pessoas ainda acham que um dia todo o sofrimento dará lugar ao júbilo total? Depois de tanto levarem, será que não deu pra perceber que a vida não tem dó? Abri os olhos: o que está bom, logo já não estará. O que está ruim, pode piorar.

O Botafogo já começou a despencar.

Aliás, tudo despenca, a gente é que evita perceber. Porque somos todos devotos da Esperança. Personagem interessante. Alguém deveria desenhar a Esperança, assim como fizeram com a Morte. (Se esta última veste preto e carrega foice, só consigo imaginar a outra de havaianas e tocando cavaquinho).

É uma fanfarrona. Não fosse a Esperança a humanidade já teria caído na real há muito tempo. Nada de ilusões, sonhos ou devaneios. Cada um devidamente conformado com seu fardo e concentrado em desenvolver estratégias para amenizá-lo. Uns partiriam para os picos, são os eremitas; outros para o mar, são os piratas; há ainda aqueles que se jogariam do primeiro penhasco, são os românticos. Todos tipos muito respeitáveis.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Docência

Professores reprovam indicativo de greve

Mesmo sem quorum suficiente para oficializar o indicativo de greve, os docentes elege­ram­­ mem­bros para a comissão de mobilização e estão em estado de assembléia geral permanente

Por Ânderson Corrêa
Fotos: Daiane Souza/UnB Agência


Algumas votações foram tumultuadas

Cerca de 150 professores compareceram à assembléia geral na manhã de hoje. Porém, pouco mais da metade ficou até o fim dos trabalhos para decidir pela não instalação do indicativo de greve. Mesmo assim, foi formada uma comissão de mobilização, que vai estabelecer um cronograma de atividades com o objetivo de conseguir maior adesão por parte de professores, alunos e funcionários; além disso, os docentes presentes votaram a favor do estado de assembléia geral permanente. Portanto, os encontros - que, antes, precisavam de convocação com dois dias de antecedên­cia - poderão ser agendados a qualquer hora.

Em meio ao clima tenso que ditou o tom das conversações, os professores foram consensuais na exigência de incorporação das gratificações e de reajuste dos vencimentos. Segundo a presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (AdUnB), Rachel Nunes, as medidas são mais que necessárias para proteger os direitos da categoria. “As gratificações são vulneráveis e podem sumir no nosso contracheque da noite para o dia.”, alertou.
Rachel Nunes conclamou os professores a construírem uma greve geral do setor público
Complicações

A questão salarial é o tema mais delicado. De acordo com os dados e as propostas do Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), alguns valores deverão aumen­tar em até 171,8%­. É o caso, por exemplo, de um professor titular especialista em regime de dedicação exclusiva; atualmente, um profissional dessa categoria ganha R$ 4.078,02 enquanto a proposta sindical é de que a quantia atinja R$ 11.510,88. O mesmo plano ainda vislumbra a paridade entre ativos e aposentados.

A discussão da Gratificação de Estímulo à Docência no Magistério Superior – GED – também foi um dos pontos fortes da reunião. Até então, os professores recebem 175 pontos, mas a Reitoria, com base na MP 208, comunicou que o benefício sofrerá corte de 35 pontos a partir de agosto. Ontem à tarde, o reitor Timothy Mulholland confirmou a alteração, e a ADUnB já tomou as providências para impetrar um mandato de segurança pela manutenção do pagamento dos 175 pontos.

Amanhã, os professores têm reunião marcada com representantes do Ministério do Planejamento para iniciar as negociações.


Outro link:

Futebol!

Filhos da Greve

Por Vítor Matos

É típico de países que vivem sob uma Ditadura Camuflada, como é o nosso caso – sim, porque o Brasil apenas trocou a coerção militar pela não menos eficiente alienação mental da população – calar por meio da manipulação de idéias qualquer manifestação popular que fira a ordem e o status quo da nação.

Em vez da truculência, a sabedoria. Os inquisidores de hoje têm um vasto arsenal de ironias, deboches e humilhações à disposição. Não precisam mais sujar as mãos para sufocar a democracia.

Movimentos sociais são esvaziados e descredibilizados, levados ao ridículo. Taí, por exemplo, essa atual greve dos servidores da UnB, responsável por nossas férias de inverno. Todo mundo já sabe no que vai dar – em nada. O governo dá de ombros, os próprios trabalhadores duvidam da eficiência do mecanismo e nós, os alunos, aproveitamos o recesso prolongado para cultivar hobbies. Deixe estar.

Greves estão há muito banalizadas. Incrustaram-se ao calendário como a Semana do Saco Cheio ou o Dia do Evangélico. Têm data e local pra acontecer. Idos são os dias em que elas faziam o terror dos patrões, mobilizavam multidões, foices e cassetetes. Hoje vai tudo na base do Relaxa e Goza.

Aliás, no Brasil essa doutrina já vigorava muito antes de ser institucionalizada pela ministra. A rigor, que setores do nosso país não foram engolidos pela pasmaceira e pela acomodação – tão convenientes à manutenção das falidas instituições públicas e estruturas sociais? Os aeroportos, as universidades, as entidades esportivas, o governo, a mídia – é tudo uma grande greve, um imenso mar onde nada acontece e ninguém reage.

Esta geração de brasileiros fica marcada como os filhos da greve. Aquela greve conformada, fadado ao fracasso, cúmplice dos próprios inimigos, imóvel, letárgica, burocratizada. A greve típica do século XXI, das Ditaduras Camufladas.

Este colunista, é claro, está em greve. Se o leitor também se encaixa nesse quadro, deve estar à procura de atividades para romper o tédio. Vejamos futebol. Hoje tem um belo jogo, Botafogo e São Paulo, vale a liderança. Maracanã lotado. Pipoca cai bem.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Greve

Proposta sob análise
Após a reunião com representantes do governo, a diretoria do Comando Nacional de Greve (CNG) coloca a proposta apresentada em debate

Texto e fotos por Edson Jr.


Servidores em um momento de lazer
na Praça Chico Mendes hoje à tarde

Hoje, por volta das 19h, houve a reunião de membros dos Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão com a diretoria da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra). Amanhã à tarde, o Comando Nacional de Greve avaliará a proposta apresentada, que prevê aumentos percentuais de 22% a 89% paras as classes de A a E dos servidores pelos três anos que se seguem.

Cosmo Balbino, membro da coordenação do Sintfub e da Fasubra, avalia que, até o início da próxima semana, a Federação terá determinada sua posição diante da proposta. Na UnB, Cosme reconhece que há um reforço no pedido de flexibilização do movimento para que sejam realizados o registro de calouros e as matrículas. "O governo deu o primeiro passo, a gente tem que dar o nosso também", afirma o coordenador do Sindicato.

Marco Lopes: o Plano de Carreira foi
um acordo que o governo fez e não cumpriu

Para amanhã, além da reunião do CNG, espera-se a Assembléia da Associação dos Dodentes da Universidade de Brasília (AdUnB). Na pauta: avaliação de conjuntura e discussão sobre indicativo de greve. Marco Lopes, servidor da Faculdade de Tecnologia da UnB, disse que a AdUnB pode "dar um tiro no próprio pé" se deflagrar greve neste período em que estamos já que o orçamento para o ano que vem fechará até o fim deste mês. Além disso, Cosme Balbino ressalta que tem que ser observada a mobilização nacional, pois "não é possível fazer greve de uma universidade só", diz ele.

Enquete

O Blog do Cacom agradece pela participação na enquete "O que você vai fazer nas férias?". Dos 44 votos, houve o seguinte resultado, em ordem decrescente de votos:

Nenhuma das anteriores 34,09% (15 votos)

Vou ficar em dia com o cinema
22,73% (dez votos)

Continuar estudando em casa para ir melhor no próximo semestre
11,36% (cinco votos)

Caldas Novas, estou chegando!
9,09% (quatro votos)

O Nordeste me espera!
9,09% (quatro votos)

Continuar na ralação estudando para concurso
6,82% (três votos)

Vou para pra..inha!
6,82% (três votos)


Aproveitamos para lançar a nova enquete: "Os jornais impressos desaparecerão?". Lembramos que é interessante deixar um comentário se for marcar a opção "Outra resposta".

Imagem da Semana

Por Edson Jr.

Forró de fim de greve... Será?

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Greve

Greve pode acabar semana que vem
Na festa agostina do Sintfub, o Blog do Cacom entrevistou Cosme José Balbino, coordenador geral do Sindicato
Texto e fotos por Edson Jr.


A reunião marcada para ontem, entre os representantes dos servidores e do governo, foi adiada para terça-feira da próxima semana (07/08). O coordenador do Sintfub diz ter grandes expectativas de que, com essa reunião, "venha alguma coisa de concreto" e acrescenta: "o governo reconhece como justas as nossas reivindicações, mas ainda não apresentou nenhuma proposta".


Cosme Balbino: "Esta oitava reunião
com o governo representa o afunilamento
dos esforços para o final da greve"


A servidora do Instituto de Biologia, Joana Martins, também presente na festa, expressou esperança de um resultado positivo para a próxima reunião com o governo, que contará com participantes do Ministério do Planejamento e da Educação, além dos coordenadores do movimento grevista. A reivindicação principal é pela evolução da tabela salarial, prevista na lei nº 11.091/05.

Ao lado da Praça Chico Mendes, foram armadas
algumas barracas vendendo comidas e bebidas
enquanto, ao fundo, soava um forró ao vivo


Havendo sucesso na negociação de terça-feira, alguns processos administrativos, como registro de calouros e matrícula, poderão ser realizados. “Se o governo apontar algo de positivo, na semana seguinte, nós vamos retomar esses processos”.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Futebol!

Agradecemos a preferência

Por Vítor Matos


- Cara, mas o banheiro fica do outro lado....


Ao menor sinal de descuido, tinha um atleta cubano fugindo da Vila Pan-Americana. Costuma ser assim em competições internacionais; os nativos da ilha de Fidel abandonam a delegação e pedem asilo político ao país que está sediando o evento. Vão atrás de melhores perspectivas de vida. Nessa busca desesperada, serve até ficar no Brasil. Esses cubanos são loucos.

Curiosa foi a maneira com que nossas praças especializadas – botecos, mídia e salões de beleza – trataram as evasões cubanas. Todo comentário trazia aquele ar de deboche vestido de piedade:

- Tadinho deles... mas também, viver naquele país! Quem é que dá conta?

Fica a impressão de que a fuga de um cubano para o Brasil regozija a opinião pública do nosso país. Massageia o ego tupiniquim. Pinta-se a idéia de que somos uma nação superior, adiantada, que soube fazer as escolhas certas no passado. Como se cada fracasso de Cuba referendasse o projeto político e social que o Brasil adotou ao longo das décadas. Tsc, tsc, tsc....

Nessas horas ninguém lembra que os atletas de ponta do cenário brasileiro – jogadores de futebol, nadadores, o pessoal do vôlei – preferem construir suas carreiras na Europa ou nos Estados Unidos, justamente porque é lá que encontram, além de conforto para as famílias, infra-estrutura para evoluir profissionalmente.Nos outros setores de atividade ocorre o mesmo; o brasileiro que tem a oportunidade não pensa duas vezes em partir pro 1º mundo. A diferença é que aqui dispomos de meios legais para tanto, em Cuba é preciso desertar.
Portanto, a auto-estima brasileira agradece a preferência dos cubanos. Sempre que estiverem a fim de dar uma escapadinha, podem vir pra cá que estaremos de braços abertos. Só não garantimos saúde, educação, comida, segurança, emprego, acesso à cultura, saneamento básico e água potável. Também não vai dar pra vir de avião, peguem uma balsa. Ah, e cuidado com as vaias.