Docência
Professores reprovam indicativo de greve
Mesmo sem quorum suficiente para oficializar o indicativo de greve, os docentes elegeram membros para a comissão de mobilização e estão em estado de assembléia geral permanente
Por Ânderson Corrêa
Fotos: Daiane Souza/UnB Agência
Algumas votações foram tumultuadas
Cerca de 150 professores compareceram à assembléia geral na manhã de hoje. Porém, pouco mais da metade ficou até o fim dos trabalhos para decidir pela não instalação do indicativo de greve. Mesmo assim, foi formada uma comissão de mobilização, que vai estabelecer um cronograma de atividades com o objetivo de conseguir maior adesão por parte de professores, alunos e funcionários; além disso, os docentes presentes votaram a favor do estado de assembléia geral permanente. Portanto, os encontros - que, antes, precisavam de convocação com dois dias de antecedência - poderão ser agendados a qualquer hora.
Em meio ao clima tenso que ditou o tom das conversações, os professores foram consensuais na exigência de incorporação das gratificações e de reajuste dos vencimentos. Segundo a presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (AdUnB), Rachel Nunes, as medidas são mais que necessárias para proteger os direitos da categoria. “As gratificações são vulneráveis e podem sumir no nosso contracheque da noite para o dia.”, alertou.
Em meio ao clima tenso que ditou o tom das conversações, os professores foram consensuais na exigência de incorporação das gratificações e de reajuste dos vencimentos. Segundo a presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (AdUnB), Rachel Nunes, as medidas são mais que necessárias para proteger os direitos da categoria. “As gratificações são vulneráveis e podem sumir no nosso contracheque da noite para o dia.”, alertou.
Rachel Nunes conclamou os professores a construírem uma greve geral do setor público
Complicações
A questão salarial é o tema mais delicado. De acordo com os dados e as propostas do Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), alguns valores deverão aumentar em até 171,8%. É o caso, por exemplo, de um professor titular especialista em regime de dedicação exclusiva; atualmente, um profissional dessa categoria ganha R$ 4.078,02 enquanto a proposta sindical é de que a quantia atinja R$ 11.510,88. O mesmo plano ainda vislumbra a paridade entre ativos e aposentados.
A discussão da Gratificação de Estímulo à Docência no Magistério Superior – GED – também foi um dos pontos fortes da reunião. Até então, os professores recebem 175 pontos, mas a Reitoria, com base na MP 208, comunicou que o benefício sofrerá corte de 35 pontos a partir de agosto. Ontem à tarde, o reitor Timothy Mulholland confirmou a alteração, e a ADUnB já tomou as providências para impetrar um mandato de segurança pela manutenção do pagamento dos 175 pontos.
Amanhã, os professores têm reunião marcada com representantes do Ministério do Planejamento para iniciar as negociações.
A questão salarial é o tema mais delicado. De acordo com os dados e as propostas do Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), alguns valores deverão aumentar em até 171,8%. É o caso, por exemplo, de um professor titular especialista em regime de dedicação exclusiva; atualmente, um profissional dessa categoria ganha R$ 4.078,02 enquanto a proposta sindical é de que a quantia atinja R$ 11.510,88. O mesmo plano ainda vislumbra a paridade entre ativos e aposentados.
A discussão da Gratificação de Estímulo à Docência no Magistério Superior – GED – também foi um dos pontos fortes da reunião. Até então, os professores recebem 175 pontos, mas a Reitoria, com base na MP 208, comunicou que o benefício sofrerá corte de 35 pontos a partir de agosto. Ontem à tarde, o reitor Timothy Mulholland confirmou a alteração, e a ADUnB já tomou as providências para impetrar um mandato de segurança pela manutenção do pagamento dos 175 pontos.
Amanhã, os professores têm reunião marcada com representantes do Ministério do Planejamento para iniciar as negociações.
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