Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Coluna - Intercom

Nos bastidores
por Ana Elisa Santana
foto de Pedro Ladeira - Assessoria/Intercom


Trabalho dos monitores no credenciamento do congresso

Noite de quarta-feira. Terninho, maquiagem, cabelo impecável. Tudo como foi recomendado. É o início da jornada de trabalho: Abertura do Intercom.

A função era apenas recepcionar os congressistas na porta do salão do Minas Tênis Clube, falando “boa noite”, “seja bem-vindo” ou “os sanitários ficam à esquerda”. Tudo, claro, com muita simpatia e um sorriso estampado no rosto. Fácil? Pode até parecer, mas depois de algumas horas em cima do salto as coisas se tornam um tanto quanto… digamos, complicadas.

Tá bom, tá bom. Não vou ficar reclamando das bolhas que meu pé ganhou já nos primeiros momentos de trabalho, mas que é engraçado ver que todos os monitores caminham meio mancos no final do dia, como se tivessem ensaiado, isso é. Sim, os recepcionistas sofrem. Mas tudo é recompensado, sem dúvidas. Só quem trabalha na organização de um evento desse tipo passa por cada situação que parece inacreditável, até que aconteça com você.

Problema com o microfone do palestrante? Procure o técnico de som! Componentes da mesa com sede? Busque mais água! “Olha, não tô inscrito, não, mas queria dar uma olhadinha na palestra... pode?” (segundos depois, tempo suficiente para ter rasurado a ficha de controle) “Ah, desculpa, não era aqui...”. É, a paciência aqui é indispensável, meu amigo.

As figuras inusitadas que aparecem em nosso caminho merecem uma atenção especial. Desde o congressista simpático que sai da palestra para conversar e te fazer companhia, até aquele que chega perguntando onde ficam todas as salas, prédios, banheiros, etc, e depois de explicar tudo você nem sabe mais pra onde que ele queria ir afinal. O impagável de todo o trabalho são os momentos em que conhecemos gente nova, aprendemos com nossos colegas de curso e transmitimos um pouco do que sabemos também. É esse o lado realmente enriquecedor do congresso.

Chegar à UnB às 8 horas da manhã e sair às 8 horas da noite, em pleno feriado. “Eita amor por essa UnB, hein?”: foi isso que eu ouvi da minha mãe ao sair de casa. Talvez seja amor mesmo, pois apesar da correria e dos contratempos, a experiência de ver tantas pessoas de lugares diferentes em um só dia é estimulante, e muito. Esse é apenas o começo, que venham mais dois dias de muito trabalho, aprendizado e diversão.

Nenhum comentário: