Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quarta-feira, 7 de junho de 2006

Coluna - Futebol

por Vitor Matos

Ora, bolhas!

A vida passa de quatro em quatro anos.
No Brasil, não se pergunta a idade da pessoa, até porque é deselegante, e sim quantas Copas ela já viu. Eu já vi cinco mundiais, o que significa que já sorri e chorei cinco vezes. Mas também equivale a dizer que já passei noites sem dormir em véspera de jogo, usei a mesma camisa e sentei no mesmo lugar do sofá durante um mês inteiro, pendurei bandeiras do Brasil na minha janela, matei aulas indiscriminadamente. Tudo isso em cinco períodos da minha vida. Faltam 2 dias para começar tudo de novo.
Talvez nem um orc consiga manter-se insensível ao clima que paira na cidade. Não bastasse toda a graça do outono/inverno brasiliense, o tempo frio, o céu azulzinho, ainda há a alegria das ruas, prédios e casas ornamentados de verde e amarelo. Por todo lugar que se ande, é certo encontrar fitinhas balançando ou bandeiras presas a algum poste. Nem no Natal as cidades se enfeitam tanto. E ainda tem quem fale mal de futebol....
Enquanto isso, na Alemanha, Ronaldo continua com a história das bolhas no pé. Quer saber? Eu acredito nele. Afinal, a História mostra que, ao longo dos anos, bolhas têm se mostrado obstáculos vorazes até mesmo para os mais notáveis homens. Vide Marat, o famoso jornalista francês da época da Revolução Burguesa. Ele sofria de uma estranha doença, cujo o principal sintoma eram bolhas que lhe rebentavam na pele. Tamanha era a inconveniência da enfermidade que Marat, para atenuar-lhe os efeitos, não saía de dentro duma banheira em seu ateliê. Inclusive, foi imerso na dita banheira que ele foi morto. Nessa mesma posição, seu corpo inerte foi retratado pelo seu amigo, o pintor David. Se Marat era incomodado por bolhas, porque o mesmo não pode estar acontecendo com Ronaldo? Aliás, existe ainda outra semelhança entre o caso do antigo jornalista e do Fenômeno. Assim como o francês, Ronaldo não sai da banheira.
P.S.: Robinho neles!

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