Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quinta-feira, 22 de junho de 2006

Artigo

A seleção é brasileira, mas a Copa é exclusividade das Organizações Globo
por Janaína Valadares

A copa do mundo começou e todos(as) estamos ligados nos jogos. Bom, quer dizer, todos(as) ligados na Rede Globo e em suas filiais. Como assim? Explico, a Rede Globo é a única que tem o direito de transmitir os jogos da copa.

Quando estiver assistindo ao jogo nesta quinta-feira e começar o intervalo do segundo tempo, aproveite e mude de canal e você perceberá que todas as emissoras da televisão aberta, ou seja, todas que não fazem parte da TV a cabo, estarão transmitindo sua programação normal e os programas ao vivo. Como por exemplo o Sem Censura, que passa na Radiobrás, não cita que o jogo está ocorrendo e nem vibra com os gols dos nossos jogadores. Que vergonha! A seleção é brasileira e a própria radiobrás não pode transmitir o jogo! Lembrando que a Radiobrás é uma emissora do governo. Que palhaçada! Você, que não tem televisão a cabo, é obrigado a ouvir a narração do Galvão Bueno, pois não há mais nenhuma opção. A solução é: ou tomamos uma atitude, ou continuamos sendo manipulados pelo monopólio e falta de patriotismo.

O Kajuru já se manifestou a respeito do assunto. “Isso aqui é um País de bunda mole. Ninguém concorda com a transmissão exclusiva, mas não é feito nada para mudar esse fato, que já virou regra”, afirmou Kajuru em entrevista ao site O Fuxico. Se você, caro(a) leitor(a), se interessar, procure mais a respeito desse tema nos sites: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ , http://www.ofuxico.com.br/ , http://www.virgulando.com.br/ entre outros.

Onde está a nossa liberdade de expressão e os direitos iguais? Lembrando do artigo 19° da Declaração Universal dos Direitos Humanos : Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.

Os artigos não refletem necessariamente a opinião do blog, sendo eles responsabilidade de seus autores.

5 comentários:

Anônimo disse...

Eu não faço a menor idéia de quem, diabos, seja Kajuru, mas concordo com o que ele disse.
Não gosto de futebol, não acompanho nenhum jogo da copa, mas, francamente, se eu o fizesse, ia deixar no mute porque detesto a narração do Galvão Bueno... E acho que é realmente absurda essa exclusividade. Como é um evento que pára este país, deveria ser livremente transmitido pelas emissoras que se dispusessem a pagar por isso, sem ter que enfrentar a concorrência da globo. Que ela tenha excluisvidade sobre seus produtos, aí tudo bem. E quem quiser ver novela, que veja.
Isso daí não contraria a questão da democracia não? Porque as únicas opções, então, se resumem a ver pela globo ou desligar... eita...
Ah, democracia mais frágil... Se é que ela existe mesmo...

Anônimo disse...

Credo, quanta asneira. A autora do texto e a dona do comentário nem sabe do que falam

Anônimo disse...

Parece que quem nao conseguiu entender pn foi o anonim ai de cima!Concordo com a autora, e tenho certeza que a democratizacao da tv vira, pode ate demorar, mas um dia as pessoas entenderam que nao ouvimos o Galvao Bueno pq queremos, mas sim pq a globo quer. Muito pertinente o assunto, e muito bom o texto.

Anônimo disse...

A autora talvez tenha caído num cliche ao citar o trecho da Declaraçao,acho que isso poderia ser suprimido.O texto é bom e suscita a reflexão numa época em que os animos se exaltam de tal forma que esquecemos desse tipo de maninulaçao nos meios de comunicaçao.

Anônimo disse...

Concordo com a Mônica. Acho que o fato de uma empresa com concessão legal do governo ter obtido o direito à trasmissão exclusiva da Copa do Mundo não interfere no direito à liberdade de opinião. Tanto é que você pode se queixar da narração. Alguém conhece alguma lei que torne a transmissão exclusiva inconstitucional? Aí sim teríamos algo em que se basear para criticar a situação. Fora isso, deve ter ocorrido uma licitação padrão para tal. Concordo que a democratização da informação é necessária e seria muito bem-vinda, mas enquanto isso impedir a transmissão exclusiva seria uma medida paleativa e desnecessária.