Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


domingo, 16 de abril de 2006

Editorial

Amanhã começa o primeiro semestre de 2006 na UnB. Motivo de alívio? De revolta por um recesso em vez de férias? Indiferença? Cada um tem um sentimento quanto a isso. Entretanto, o comum mesmo é essa história de matrícula.

Fazemos nossos planos, montamos nossas grades, pedimos as matérias dos nossos sonhos e, no dia do resultado da matrícula, vemos que recebemos a vigésima prioridade das disciplinas optativas. Por quê? Ora, a UnB, mesmo com a aprovação recente da contratação de 86 professores, tem um dos maiores índices alunos/professor do país, ou seja, tem estudante demais para vagas de menos nas salas de aulas.

Isto significa que o aluno corre o risco de não ter boa formação, pois uma disciplina importante, pré-requisito para tantas outras, pode ser impossível de cursar simplesmente porque não há vaga para todos os interessados. Assim, matérias mais avançadas têm suas salas esvaziadas, já que ninguém tem o tal do pré-requisito. Resumindo, os estudantes não cursam o que têm interesse.

Outro problema é o currículo de alguns cursos. O de Comunicação Social, por exemplo, fornece para os alunos apenas as disciplinas da Faculdade de Comunicação (FAC), enquanto o Instituto de Política (outro exemplo), oferta não só Introdução à Ciência Política mas também matérias de outros departamentos, como Introdução à Economia. Desta forma, os alunos de primeiro e segundo semestre da FAC, por exemplo, recebem dez créditos de obrigatórias (sim, aluno de outro curso, pode rir). Disciplinas de domínio conexo não são ofertadas para os alunos da FAC. E como é difícil consegui-las na matrícula, reajuste, aproveitamento...

E olha que nem falamos da demora do processo de ajuste.

Nenhum comentário: