Notas Expressas

Tivemos um enxugamento do nosso corpo de repórteres, mas estamos, aos poucos, retomando o ritmo de publicação de matérias.
(atualizado em 20 de outubro de 2007)


quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

Opinião

Por Guilherme Rocha

Como já é do conhecimento de todos, a situação da universidade pública brasileira é crítica. A falta de verba e de atenção do governo levam o nosso ensino superior a um caminho traçado pelo ensino fundamental e médio das escolas públicas: o caminho do total sucateamento.

No tempo do meu pai (e do seu também), estudar em escola pública era sinônimo de ensino de qualidade. Hoje são poucas as instituições governamentais que dão estrutura para o estudo. A tendência agora é matricular os filhos em escolas particulares, muito mais estruturadas.

Portanto, a universidade pública não pode ser posta em segundo plano em relação a faculdades particulares como aconteceu com o ensino fundamental e médio. Ainda não chegamos a tal situação, mas muitos pais e alunos já descartam uma federal pelos seus inúmeros problemas.

Devemos buscar soluções.

Uma delas é o voto. Horário eleitoral não é tempo perdido. Acompanhar as campanhas não é tempo perdido. Aproveitemos este ano eleitoral e não joguemos nosso voto no lixo. Outro instrumento é a greve. Mas não esta greve que acompanhamos nos últimos quatro meses. Pelo contrário, toda a comunidade universitária deve se envolver e não tirar férias neste período. A sociedade tem que se identificar com o movimento. A greve deve impedir futuras greves e revigorar a universidade.

Saibam que a greve de 2008 já está marcada. Como as reivindicações não foram plenamente atendidas, uma nova paralisação é inevitável. Porém, já que assim deve ser, planejemos este movimento, a começar por não deflagrá-lo durante um semestre. Ou antes, ou depois.

E por que em 2008? 2006 é ano eleitoral (nenhum político dá a mínima atenção e todos os olhares voltam-se para as urnas); 2007 é uma “trégua”, pois é primeiro ano de mandato.

Daqui a dois anos teremos Olimpíada, muitos terão se formado, filhos e coisa e tal. Quanto a universidade? Ela irá parar de novo, mas podemos parar de parar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Em 2006 é praticamente impossível ter greve não apenas porque os políticos voltam-se às urnas, mas sim pois realmente nennhum dinheiro pode ser redirecionado (para o aumento dos professores) nessa época tão conturbada... E em 2007 não tem como prever como será a atuação do governo frente à educação, por isso é díficil iniciar um movimento sem ter certeza se será mesmo necessário.

Anônimo disse...

será que até 2008 eu formo?